
Agora NASA veio: parceria com RJ monitora cheias em ruas

Com a temporada de tempestades e deslizamentos se aproximando, a cônsul-geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Jacqueline Ward, visitou o Centro de Operações e Resiliência Rio (COR), na semana passada, para conhecer o resultado da parceria estabelecida entre a Prefeitura carioca e a agência espacial norte-americana (NASA).
Renovado em 2021, o acordo tem o objetivo de compartilhar dados, modelos e conhecimentos científicos e operacionais, permitindo que a Cidade obtenha resultados que ampliam a capacidade de prevenção a desastres e a adaptação da cidade às mudanças climáticas.
Para este verão de 2023, uma novidade no projeto: agora, além de saber o local da precipitação mais forte e de risco de deslizamento de terra, o COR utiliza uma hierarquia de classificação de vias e consegue monitorar se esses riscos podem atingir imediações de ruas, avenidas e estradas da cidade. Isso permite mais agilidade nas decisões da Prefeitura, como o fechamento de vias, por exemplo.
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Esse trabalho em conjunto permitiu o desenvolvimento de uma ferramenta que auxilia no monitoramento durante as chuvas do verão carioca: o modelo de Avaliação de Perigos de Deslizamento para Consciência Situacional, que permite acompanhar os riscos de deslizamentos de terra na cidade. A ferramenta, usada pelo Centro de Operações Rio durante as tempestades, foi construída pelo Instituto Pereira Passos em parceria com a Nasa e com a Geo-Rio.
Durante a visita, a diplomata americana disse que a contribuição da NASA é motivo de orgulho: “Para mim é uma experiência muito especial estar aqui no COR conhecendo os recursos da cidade do Rio para prevenção e resposta a desastres naturais. E é um orgulho ainda maior saber que a parceria da NASA está contribuindo para aprimorar o monitoramento, garantindo ainda mais segurança e proteção para os cariocas”.
O presidente do Instituto Pereira Passos, Carlos Krylkhtine falou sobre a importância da colaboração. “A parceria é superimportante e está gerando frutos para ambas instituições: ao adaptar os modelos globais para o local, a agência espacial americana pode verificar a eficiência do modelo e, a partir dos aprendizados no Rio, replicá-lo ajudando outras cidades”.
O Rio foi a primeira implementação local e operacional do modelo global de deslizamento de terra da NASA. Hoje, o modelo é usado pelo COR como um dos seus gatilhos para decidir se a cidade muda seu nível operacional durante eventos de chuva. A parceria com a agência espacial prevê ainda um modelo de previsão de inundações urbanas e uma aplicação que permitirá emitir alertas de qualidade do ar.
Fonte: Agência Brasil