Em artigo publicado esta semana na página do Insper, o graduando Lorenzo J. Guimarães fala da importância da implantação de um sistema de monitoramento da produção de carne bovina, que acompanhe a indústria desde o nascimento ao abate dos animais. Ele, no entanto, afirma que isso só será possível com a colaboração coordenada de todo o setor da proteína animal.
No texto, Guimarães salienta que o Brasil é o terceiro maior exportador mundial de produtos do agronegócio e que o setor é alvo de fortes críticas e pressões internacionais, principalmente da União Europeia, quanto a questões ligadas à sanidade animal e ao meio ambiente. Mesmo com toda a atenção voltada para o Brasil, segundo dados do Mapbiomas, entre 2010 e 2020, 7,6 milhões de hectares de floresta no Bioma Amazônico foram convertidos para atividades como pecuária (4,3 milhões de hectares) e a agricultura (3,2 milhões de hectares). “Tal circunstância representa um grande risco para o agronegócio brasileiro, principalmente para a pecuária, e demonstra o desalinhamento do país quanto às demandas internacionais”, afirma Guimarães.
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Como resposta a essa crescente necessidade de rastreabilidade e monitoramento individual de bovinos, ele cita que têm surgido iniciativas com sistemas de monitoramento que cruzam informações de diferentes bases de dados, como o CAR, a GTA e análises territoriais, nos moldes da plataforma /riobranco, lançada nesta quarta-feira pela Agência Geocracia.
“Esses atores vêm trazendo novas tecnologias que auxiliam no processo de controle e rastreabilidade animal. No entanto, a rastreabilidade na íntegra da cadeia bovina só será possível com a colaboração e contribuição de vários elos do setor e de modo coordenado”, afirma Guimarães.
Leia aqui o artigo na íntegra.