Água: Aegea vai monitorar risco hídrico em 154 municípios

Água
Acompanhamento meteorológico em tempo real para as unidades da Aegea (imagem: Aegea).

A Aegea Saneamento, empresa que presta serviços de fornecimento de água e saneamento para 21 milhões de pessoas em 154 cidades de 13 estados do país, acaba de anunciar uma parceria com a Climatempo para acompanhar o grau de risco hídrico nos pontos onde a empresa realiza captação de água. Os dados vão agregar inteligência às informações meteorológicas de curto e longo prazo e têm o objetivo de se precaver dos impactos das mudanças climáticas sobre as bacias hidrográficas.

O monitoramento baseia-se em uma avalição complexa que leva em conta, entre outros fatores, indicadores climáticos da região, previsões de queda d’agua nos próximos meses, expectativa de demanda de água, acompanhamento dos níveis dos mananciais e capacidade dos corpos hídricos de onde é extraída a água.

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A iniciativa é fruto de um trabalho realizado no ano passado, quando a Matriz de Risco da companhia, a partir de estudo encomendado à Climatempo, identificou um possível cenário de escassez e estiagem em 14 das 25 concessionárias Aegea do Mato Grosso (MT). Desde então, a empresa já investiu cerca de R$ 50 milhões em obras de engenharia preventiva, como investimentos na redução de perda d’água, perfuração de poços e identificação de novos pontos de captação.

“A Aegea entende que a consolidação de um modelo de gestão é crucial para obter resultados e prevenir eventuais problemas operacionais dentro do setor”, afirma Moisés Salvino, gerente de Engenharia da Aegea.

Cuidado com água recuperou Lagoa de Araruama

Como exemplo do trabalho de preservação da água, a Aegea cita as iniciativas para recuperação ambiental da Lagoa de Araruama, a maior laguna hipersalina em estado permanente do mundo, localizada na Região dos Lagos, Rio de Janeiro. Desde 1998, quando a Prolagos, subsidiária da Aegea, começou a atender a região, o tratamento do esgoto no local passou de 0% para 80%, e vem sendo ampliado com cinturões no entorno lagunar, interceptando efluentes e evitando sua chegada in natura à lagoa.

Como resultado, pescadores e banhistas da região notaram a presença de cavalos-marinhos em diversos trechos da lagoa, o que chamou a atenção de especialistas. Pesquisadores do Projeto Cavalos-Marinhos do Rio de Janeiro passaram a monitorar a laguna, onde mais de 200 animais já foram catalogados. Já os pescadores celebraram, ano passado, recordes de pesca, com a melhor safra das espécies carapeba e perumbeba, desde 2009.

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