Alagoas ganha Base Cartográfica do IBGE

Alagoas
Base Cartográfica Vetorial Contínua do Estado de Alagoas – imagem: IBGE

O IBGE acaba de disponibilizar a Base Cartográfica Vetorial Contínua do Estado de Alagoas na escala 1:100.000 (1cm no mapa corresponde a 1km no terreno), como parte do Projeto BC100, que tem por objetivo mapear as 27 unidades da federação nessa escala. Alagoas é a sexta unidade a integrar o conjunto de dados geoespaciais publicados, juntando-se ao Rio Grande do Sul, Sergipe, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal.

O novo produto está disponível em formatos livres (Shape File, GeoPackage e dump do banco PostGis), para utilização em Sistemas de Informação Geográfica e, por meio de geosserviço, via Plataforma Geográfica Interativa.

Leia também:

“As principais aplicações dessa base estão no planejamento setorial de obras de infraestrutura, no desenvolvimento de programas de governo com enfoque territorial, em análises que demandem uma visão conjunta do espaço geográfico e como subsídio na representação espacial de aspectos sociais, econômicos e ambientais do território”, destaca o gerente de Bases Contínuas do IBGE, Rafael Balbi Reis.

Segunda base cartográfica estadual da região Nordeste produzida, a BC100 para Alagoas é um reflexo do aprimoramento contínuo do processo de aquisição das categorias e classes de informações geográficas se comparada à de Sergipe, publicada em 2019. Nas áreas rurais, por exemplo, a BC100_AL traz informações sobre as edificações que representam as principais propriedades rurais e áreas industriais mais significativas do estado. “Também foram empreendidos esforços para representar edificações de ensino, de saúde e religiosas, que servem como referências espaciais”, destaca o supervisor de Cartografia do IBGE no Ceará, Geraldo Santos Landovsky.

“As melhorias também consideraram aspectos do preenchimento de atributos, de nomes geográficos, análise da inter-relação entre as classes de objetos geográficos no contexto regional, assim como ampliação da quantidade de classes mapeadas”, explica Landovsky.

O produto apresenta, ainda, uma camada de informação adicional denominada “Índice dos Nomes”, correspondente aos nomes dos elementos que o integram. Ela permite localizar espacialmente os nomes, representados por pontos, associados às suas respectivas categorias e classes dos elementos mapeados.

“Nas versões anteriores, essa informação era apresentada por meio de um documento textual anexo ao conjunto de dados, exigindo do usuário a execução de determinadas operações para visualizá-los espacialmente. Na base de Alagoas, a consulta é direta, a exemplo das demais camadas que a integram”, explica Balbi. 

Visão aproximada da BC100 de Alagoas para a região compreendida entre São Miguel dos Campos e o litoral alagoano – imagem: IBGE

BC100 de Alagoas na INDE

O modelo da base cartográfica foi implementado conforme as Especificações Técnicas para a Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais na versão 3.0 (ET-EDGV 3.0), contemplando classes de 13 categorias de informação: Estrutura Econômica; Energia e Comunicações; Hidrografia; Limites e Localidades; Relevo; Sistema de Transporte; Sistema de Transporte/Aeroportuário; Sistema de Transporte/Dutos; Sistema de Transporte/Ferroviário; Sistema de Transporte/Hidroviário; Sistema de Transporte/Rodoviário; Classes Base do Mapeamento Topográfico em Grandes Escalas; e Edificações. Os dados estão referenciados ao Datum SIRGAS2000 e ao sistema de coordenadas geográficas.

Informações detalhadas sobre o processo de construção da base cartográfica estão disponíveis na Nota Metodológica que acompanha o produto. A BC100_AL também pode ser acessada através do Geoportal da INDE (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais) e seus metadados podem ser consultados no Catálogo de Metadados do IBGE.

Fonte: Agência IBGE

Veja também

Entrevistas e Artigos

Hélio Gouvêa Prado: “Sou favorável à recriação de uma Concar ágil e efetiva”

Para o engenheiro cartógrafo Hélio Gouvêa Prado, presidente da Sociedade Brasileira de Cartografia, Geodésia, Fotogrametria e Sensoriamento Remoto (SBC), é fundamental que haja uma coordenação da cartografia nacional, o que se refletiria em um melhor planejamento e execução da atividade, além de em uma racionalização de contratações e aquisições nos

Não perca as notícias de geoinformação