A Assessoria Especial de Geoinformação (Aegeo), da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Aracaju (Sema), está empregando ferramentas de georreferenciamento e geoprocessamento para facilitar o trabalho de análise ambiental das Diretorias de Licenciamento Ambiental (DLA) e Controle Ambiental (DCA) da Sema.
Pioneiro no município, o trabalho se baseia no uso de aerofotogrametria por drones e permite avaliar o terreno de maneira mais segura e realista, além de verificar áreas inalcançáveis pelos fiscais. Com o sobrevoo, é possível ter uma visão geral da área, total segurança na abordagem dos dados e uma modelagem em 3D, que apresenta toda área com informações detalhadas e uma imagem muito próxima ao real.
Leia também:
- Norma ABNT cria ‘Lei do georreferenciamento urbano’
- Curitiba lança nova versão do seu geoportal
- João Pessoa Geo-Sustentável já mapeou 40% da cidade
O analista ambiental Valter Hirakuri explica que, quando um requerente pretende realizar um licenciamento ambiental para construção de um empreendimento, por exemplo, a Sema precisa avaliar se há ou não restrições ambientais no local. Para isso o georreferenciamento é empregado, identificando áreas de mangue, lagoas naturais protegidas , dunas e áreas de preservação permanente, entre outras zonas de proteção ambiental.
“Verificamos se o local de interesse para o requerente é também local de interesse ambiental”, diz o responsável, complementando que a ferramenta permite ainda verificar se existe alguma denúncia de infração ambiental, seja de poluição, descarte de resíduos sólidos ou supressão de vegetação nativa: “Assim, é possível identificar o proprietário do imóvel a partir do local objeto da denúncia para que o responsável seja autuado e as providências cabíveis sejam adotadas”.
Segundo o coordenador de Geoinformação da Sema, Roberto Pacheco, com o drone, “só é preciso marcar a área a ser analisada e o próprio equipamento sobrevoa toda a rota, fotografando várias imagens de alta resolução, apresentando todas as informações necessárias, como latitude, longitude e altitude”. Pacheco explica que a imagem do satélite é útil para visualizar grandes áreas, mas, quando se trata de áreas restritas, o drone permite mais aproximação, em uma escala maior, mostrando com bastante nitidez os detalhes da área, “nos permitindo fazer um trabalho mais eficiente e seguro para a população aracajuana”.
Para Pacheco o geoprocessamento é imprescindível, pois, sem ele, o trabalho de fiscalização de terrenos se torna mais complexo e o fiscal não tem como saber a quem pertence determinada malha territorial para aplicação de eventuais penalidades: “Com o auxílio desses softwares de geoprocessamento, nos quais pode-se cruzar diversos dados a fim de fornecer as informações necessárias aos demais setores, damos suporte no trabalho que a Sema realiza de fiscalização” afirma .
Fonte: Prefeitura de Aracaju