Artigo: Dengue no Brasil, a Inteligência Geográfica pode auxiliar no combate à doença

Arquivo pessoal

Humberto Figlioulo Júnior*

A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é um desafio significativo de saúde pública globalmente, afetando principalmente regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, o primeiro caso foi registrado em 1981, e desde então, a doença tem apresentado uma frequência e intensidade crescentes de epidemias.

O gráfico abaixo revela uma realidade alarmante: o número de casos de dengue no Brasil e no mundo está em ascensão vertiginosa. Em 2024, já foram confirmados mais de 673 mil casos nas Américas, com mais de 200 mil casos apenas no Brasil.

PAHO – Pan American Health Organization – Dengue Cases

A dengue não é apenas uma doença, é uma ameaça à nossa saúde e segurança.Os sintomas podem ser debilitantes, e a doença pode levar a morte em casos graves. É crucial que tomemos medidas proativas para proteger a nós mesmos e nossas famílias.

Desafios de Saúde Pública

Os principais problemas de saúde pública associados à dengue incluem a sobrecarga dos sistemas de saúde, aumento dos custos hospitalares e perda de produtividade. A doença afeta a qualidade de vida, causando afastamento do trabalho e da escola e criando um estigma social nas áreas de alta incidência.

Mas a responsabilidade não é apenas nossa. As autoridades precisam investir em tecnologia e ações proativas para combater a dengue de forma eficaz. A inteligência Geográfica pode ser uma ferramenta poderosa nesse combate.

Soluções de Inteligência Geográfica na saúde

As tecnologias de inteligência geográfica (IG) surgem como soluções promissoras, permitindo a análise espacial de dados geoespaciais para tomada de decisões mais inteligentes e eficientes. Essas tecnologias são aplicadas no monitoramento ambiental, gestão de recursos naturais, planejamento urbano, saúde e segurança pública.

Na prática, qual seria a contribuição de solução tecnológicas no cenário atual da dengue no Brasil:

  • Mapear precisamente os focos de mosquito, podendo identificar com precisão os locais de maior risco, direcionando as ações de combate à dengue de forma mais eficiente.
  • É possível gerar alertas e campanhas personalizadas. Com isso, a população poderia receber alertas e informações sobre os riscos de dengue em suas áreas, além de dicas personalizadas de prevenção.
  • Monitorar de forma constante por meio de dados georreferenciados, podendo acompanhar a evolução da doença e identificar novos focos de mosquito permitindo ações preventivas mais eficazes.

Recursos e Desafios

O Brasil conta com o apoio do Ministério da Saúde, secretarias estaduais e municipais de saúde para combater a dengue, incluindo a coordenação de ações, distribuição de inseticidas e materiais educativos, e capacitação de profissionais. Desafios como o controle do mosquito Aedes aegypti, falta de recursos e resistência da população às medidas de prevenção persistem.

Exigir mais das autoridades é nosso direito e nossa responsabilidade. Juntos podemos construir um futuro mais saudável e seguro para todos.

A integração de soluções de inteligência geográfica no combate à dengue apresenta um potencial significativo para reduzir a incidência da doença e seus impactos na saúde pública. O investimento em pesquisa, desenvolvimento de novas tecnologias e a participação ativa da população são essenciais para o sucesso das estratégias de combate à dengue.

Este artigo destaca a importância de soluções inovadoras e integradas, enfatizando o papel crucial da inteligência geográfica e das tecnologias emergentes no combate à dengue, promovendo uma abordagem colaborativa entre governos, setor público, empresas, e a sociedade em geral para enfrentar esse desafio de saúde pública.

A luta contra a dengue é um compromisso de todos. Vamos juntos fazer a diferença!

*Especialista de marketing de produtos e verticais na Imagem Geosistemas

Este artigo é uma contribuição de opinião e, como tal, reflete exclusivamente as visões e interpretações do autor a ele atribuído. O conteúdo aqui apresentado não necessariamente representa a posição editorial ou a visão da Geocracia e aqueles vinculados e ele. A Geocracia não assume responsabilidade por quaisquer conclusões, plágios, recomendações ou opiniões expressas neste artigo. Não endossamos, garantimos, nem assumimos responsabilidade pela acurácia, atualidade ou a completude das informações apresentadas.

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