O Allen Coral Atlas, iniciativa de cientistas, tecnólogos e gerenciadores de dados das universidades do Estado do Arizona (EUA) e de Queensland (Austrália) com apoios de membros da National Geographic Society e das empresas Planet, de sensoriamento remoto, e Vulcan, de drones, acaba de estabelecer um marco importante, ao concluir o mapeamento global dos habitats tropicais de recifes rasos de coral.
A plataforma, que combina imagens de satélite, análises avançadas e análises baseadas em objetos, é uma colaboração global que oferece mapas com dados bentônicos (do leito do oceano) e geomórficos (relativos aos relevos) do ecossistema marinho em detalhes sem precedentes dos recifes localizados entre as latitudes 30º N e 30º S.
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Uma das ferramentas mais recentes do Atlas e ainda em versão beta é a que faz o rastreamento quase em tempo real do fenômeno de branqueamento dos corais, que os cientistas atribuem às mudanças na temperatura das águas dos oceanos. O novo recurso é uma importante arma de conservação dos corais, responsáveis por abrigar um dos maiores contingentes de espécies no planeta, tanto em número quanto em diversidade.
Mais de 30 países já estão utilizando os dados do Atlas para apoiar projetos de conservação, graças à capacidade de detecção da plataforma. Usando aprendizado de máquina para lidar com 12 atributos estruturais de mares rasos (encostas de recifes, cristas, planícies, lagoas, exposição das ondas e até turbidez da água), o Atlas é capaz de classificar os habitats e a geomorfologia de áreas marinhas costeiras com profundidades entre 10 e 15 metros, cobrindo mais de 250 mil km2.
Fontes: Olhar Digital e Allen Coral Atlas.