Cartografia da FAB elimina alertas antigos das cartas aeronáuticas

Mapa global de acompanhamento de NOTAMs antigos. Em verde, os países com menos de 20% de alertas anteriores a 2021 (imagem: FAB)

Atendendo a uma meta da ICAO (International Civil Aviation Organization), órgão das Nações Unidas que cuida da aviação civil mundial, o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), da Força Aérea Brasileira (FAB), concluiu neste mês de dezembro um esforço iniciado em janeiro de 2020 para reduzir o número de NOTAM permanentes e limpar das cartas aeronáuticas aqueles com mais de um ano. O número de NOTAM publicados caiu de 1.101 para 91, e, hoje, não há nenhum NOTAM em vigor anterior a 2021.

NOTAM é uma sigla em inglês para aviso aos aeronavegantes (Notice do Airman) e é um modelo de informação aeronáutica para divulgar alterações ou restrições temporárias em instalações que tenham potencial impacto nas operações aéreas, como interdições de pistas, fechamento de espaços aéreos ou perigo, ajudando na prevenção de acidentes.

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Até janeiro de 2020, havia mais de 1.000 NOTAM permanentes publicados (alguns de 2013) nos mapas produzidos pelo ICA, entidade responsável Cartografia Aeronáutica e ligada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Enquanto isso, a ICAO solicitava um maior esforço mundial e priorização por parte dos países para eliminar os NOTAM permanentes com tempo de publicação superior a um ano. Foi então iniciado o trabalho de redução dos avisos e eliminação dos que tinham mais de um ano.

“Após um ano e meio de trabalho, os resultados deixavam claro que os objetivos haviam sido amplamente alcançados e em muitos aspectos até superados”, afirma nota da Assessoria de Comunicação do DECEA, detalhando que a capacidade anual de publicação de procedimentos quintuplicou, de 285, em 2019, para 1.481 cartas, em 2021.

Essa capacidade ampliada e outros esforços de otimização de processos permitiram reduzir o número de NOTAM permanentes em 92%, de janeiro de 2020 para cá: “É um marco histórico para nós. Nunca havíamos atingido esse patamar. Deste modo, atendemos uma meta estabelecida pela ICAO e colocamos o Brasil na relação de Estados que não mais possuem NOTAM considerados antigos”, comemora o diretor do ICA, coronel engenheiro Alessander de Andrade Santoro, pontuando que, mais do que simplesmente atender a um objetivo de trabalho, “isso significa maior satisfação dos nossos usuários”.

Fonte: Agência Força Aérea

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