Censo: IBGE conclui esta semana Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios

Censo: coleta da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios em Afuá (Pará) – imagem: acervo IBGE

O IBGE conclui esta semana o levantamento da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios. Até a sexta feira passada (9), mais de 22 mil agentes já tinham percorrido 286.11 setores censitários urbanos (cada setor abrange de 250 a 350 domicílios), porções de área que o IBGE utiliza para facilitar a operação do Censo Demográfico. Na média, a coleta já estava 88,51% concluída e 13 estados já haviam alcançado mais de 90% do levantamento.

Iniciada em 20 de junho, a pesquisa traça um panorama da infraestrutura urbana do país e marca o início das operações do Censo 2022. O objetivo é investigar todos os 326.651 setores censitários das cidades brasileiras. O que não for mapeado até esta semana devido a algum problema, como chuvas, inundações ou outro desastre ambiental, será concluído depois, mas antes do início da coleta domiciliar do Censo, marcado para 1º de agosto.

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A etapa de reconhecimento e a Pesquisa do Entorno, esta última realizada pela primeira vez antes do Censo de 2010, são feitas em paralelo para garantir a cobertura da coleta do Censo. Além da conferência do nome das vias, o objetivo principal da pesquisa é fazer uma última checagem para identificar a necessidade de atualização dos mapas e verificar se alguma via foi alterada ou criado um beco ou travessa.

Outro objetivo é coletar informações das características urbanísticas das vias públicas. Pela primeira vez, as informações do entorno estão sendo coletadas em todos os aglomerados subnormais (favelas, invasões, mocambos, grotas e assemelhados), com ou sem arruamento regular. Uma nova metodologia está sendo utilizada para fazer a identificação do percurso em áreas labirínticas e sem sinal de GPS, zonas muito densas ou de difícil acesso não reconhecidas por imagens de satélites.

Censo
Pesquisa é importante para checar a atualização dos mapas que serão usados no Censo pelos agentes de coleta.

Para cada segmento de rua, o agente censitário responde a um questionário que levanta dez quesitos da infraestrutura urbana, sendo três deles novos. No momento que o agente percorre o setor, ele também identifica, por meio de observação, a capacidade da via: se é pavimentada, se há bueiro/boca de lobo, se há iluminação pública, se pontos de ônibus/van (novo), sinalização para bicicletas (novo), calçada, presença de obstáculo na calçada (novo), rampas para cadeirante e arborização. “Esses quesitos traçam um quadro urbanístico do setor. Como a pesquisa é aplicada em todos os municípios do Brasil, vai trazer um retrato da infraestrutura do país”, destaca o gerente de Regionalização e Classificação Territorial do IBGE, Maikon Roberth de Novaes.

“Teremos um panorama mais completo da infraestrutura urbana das cidades brasileiras, incluindo as áreas que normalmente são as mais carentes em termos de infraestrutura. Com isso, o poder público terá melhores informações para planejar políticas públicas que melhorem a qualidade de vida das populações que vivem nestas áreas”, afirma o diretor de Geociências do IBGE, Claudio Stenner.

Há ainda outro grupo de setores programado para ser mapeado, mas somente durante a coleta domiciliar: os territórios dos povos e comunidades tradicionais serão cobertos no final, pois existe um protocolo de abordagem a ser adotado pelos recenseadores nas áreas quilombolas e indígenas.

O principal desafio da Pesquisa do Entorno, segundo Maikon Novaes, é a diversidade de situações existente no país, o que exige uma gestão afinada da coleta. O Sistema Integrado de Gerenciamento e Controle (SIGC) permite que se monitore a coleta em tempo real, incluindo a visualização dos trajetos que foram feitos no campo pelos 22 mil agentes censitários em um país continental.

Fonte: Agência de Notícias IBGE

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