Em 2023, o desmatamento na Amazônia diminuiu pela metade em relação a 2022, conforme o sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No entanto, houve um aumento de 43% na devastação do Cerrado, o segundo maior bioma do Brasil.
Os dados do sistema Deter revelaram que, em termos absolutos, 5.151 km² da Amazônia foram desmatados, enquanto 7.828 km² do Cerrado foram afetados ao longo de 2023 até 29 de dezembro.
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Esta é a primeira vez desde 2018, quando o sistema Deter começou a operar, que uma área tão extensa do Cerrado foi registrada como desmatada. O Cerrado, que representa cerca de 22% do território brasileiro, viu uma devastação maior do que a Amazônia, responsável por mais de 50% do território do país, de acordo com o IBGE. Este ano também marcou o pico mais alto de desmatamento do Cerrado e o ponto mais baixo para a Amazônia, segundo o Deter.
Em relação ao desmatamento do Cerrado em 2023, 7.828 km² estavam sob alerta, um aumento em comparação aos 5.463 km² de 2022. O estado do Maranhão liderou com 1.765 km², seguido pela Bahia com 1.727 km². Enquanto isso, na Amazônia, a região de Altamira, no Pará, foi a mais afetada, com 1.284 km² desmatados.
Globalmente, os dois biomas perderam 12.979 km² de vegetação em 2023, uma queda de 18% em relação aos 15.740 km² de 2022.
Dentro da Amazônia Legal, os alertas de desmatamento abrangeram 5.152 km², uma redução em comparação aos 10.278 km² de 2022. O estado do Pará liderou em 2023 com 1.902 km² de floresta destruída, seguido pelo Mato Grosso com 1.408 km².
Fonte: Estadão Conteúdo e Agência Gov