EcoNascentes: UFMT cria geoportal para mapear nascentes no cerrado

Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Araguaia, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), desenvolveram um geoportal para mapear e monitorar nascentes no Cerrado. Batizada de EcoNascentes, a ferramenta tem como objetivo facilitar o diagnóstico e a recuperação dessas fontes hídricas, essenciais para a preservação ambiental e o bem-estar da população.

O EcoNascentes utiliza tecnologias como sensoriamento remoto e coleta de dados geoespacializados para identificar áreas com maior potencial de nascentes e avaliar sua qualidade ambiental. O sistema também permite que usuários comuniquem diretamente aos órgãos competentes sobre nascentes que necessitam de recuperação.

A gestão eficaz dos recursos hídricos do Cerrado é fundamental para garantir a sustentabilidade da região, especialmente diante dos desafios causados pelo desmatamento e o manejo inadequado do solo, que impactam a disponibilidade de água e, consequentemente, a qualidade de vida da população. A Lei das Águas tem desempenhado um papel importante nesse contexto, estabelecendo diretrizes para o uso consciente e equilibrado desses recursos.

Leandro Schlemmer Brasil, coordenador do projeto e doutor em Biodiversidade e Conservação, ressaltou que a iniciativa visa democratizar o acesso à informação sobre as nascentes do Cerrado. Todo o conteúdo gerado pelo EcoNascentes estará disponível em uma plataforma acessível ao público em geral, incluindo governos, comitês de bacias, estudantes e pesquisadores. O objetivo final é mapear todas as nascentes do bioma Cerrado.

Os esforços iniciais do projeto estão concentrados na Bacia do Rio Araguaia, mas a iniciativa já se expande para outras regiões, incluindo nascentes dos rios Tapajós, Xingu e Rio das Mortes, que desempenham papéis essenciais no fornecimento de energia, irrigação e abastecimento de comunidades indígenas.

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