Já está em órbita desde sexta-feira (04) o nanossatélite CubeSat, desenvolvido por alunos de engenharia e professores da Universidade de Brasília (UnB). A missão, que está sendo bem sucedida, de acordo com as primeiras horas monitoradas, está inserida no projeto AlfaCrux. A missão educacional é uma parceria entre UnB, FAP-DF, Finatec e Agência Espacial Brasileira (AEB) e pretende testar e demonstrar na órbita do planeta Terra experimentos de comunicação via satélite.
Um cubo de 10 cm e pesando cerca de 1,065 kg, o CubeSat foi lançado pelo foguete Falcon-9, da Space-X, da Base de Cabo Canaveral, na Flórida, EUA, e, por três anos, ficará em órbita baixa, a cerca de 500 km de altitude. Os dados coletados serão disponibilizados via internet e poderão ser utilizados para pesquisas sobre a comunicação de radioamadores e possibilidades de ampliação de alcance para outras comunicações.
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Segundo a representante da Agência Espacial Brasileira, Fernanda Lins, além dos resultados científicos do CubeSat, a parceria entre o ambiente universitário e a empresa espacial é uma oportunidade de capacitação de estudantes em todo o ciclo de desenvolvimento de uma missão espacial.
O projeto é desenvolvido no âmbito do Laboratório de Simulação e Controle de Sistemas Aeroespaciais (Lodestar) da Faculdade de Tecnologia (FT), formado por docentes, técnicos e estudantes de graduação e pós-graduação. “Nosso objetivo é proporcionar meios educacionais para ensinar sobre missão espacial, operação via rádio, sistemas de telecomunicação via satélite, e claro, demonstrar tecnologias que podem contribuir para aumentar a conectividade em escala global, ao disponibilizar enlaces de comunicação para a sociedade como um todo e desta forma contribuir para os avanços do país”, diz o professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB Renato Borges, coordenador do AlfaCrux.
Borges acrescenta que os aspectos educacionais envolvidos formam a base para várias soluções importantes, como repetidora de pacotes de dados e sistema para armazenamento e retransmissão de informação, “ambos extremamente relevantes para os que ensinam e desenvolvem soluções que permitem conectar dispositivos e pessoas em ampla escala”.
Fonte: UnBNotícias