A Embrapa e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fecharam acordo de cooperação técnica para manter uma estação geodésica da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) dos Sistemas GNSS (Global Navigation Satellite Systems) em Campo Grande (MS). Localizada na unidade Embrapa Gado de Corte, a nova estação MSGR (Campo Grande – Embrapa/MS) tem dados retroativos a 1° de janeiro de 2022 e, por estar em uma capital, está equipada com um receptor geodésico multiconstelação.
A RBMC é uma rede geodésica, implantada pelo IBGE, e composta por 147 estações em operação, distribuídas pelo país. A estação geodésica MSGR (Campo Grande – EMBRAPA/MS) permitirá que qualquer usuário possa se utilizar dos recursos dos Sistemas GNSS para um posicionamento preciso, seja para fins estáticos e cinemáticos. O resultado final são pontos georreferenciados mais precisos dentro da Unidade, contribuindo com as próprias pesquisas do Centro e também com outras instituições.
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O objetivo da rede é fornecer uma precisão maior para os equipamentos, já que, conforme explica Camilo Carromeu, gestor do Núcleo de Tecnologia da Informação da Ud (NTI) na Embrapa, todo equipamento que utiliza dados geoespaciais possui uma precisão limitada: “Em termos práticos, quando você abre o Google Maps e ele fala que você está dentro de um raio de 50 metros, este é o “erro” inerente ao GPS do seu celular. Quando ele sincroniza com diversos satélites, consegue diminuir este erro para algo próximo de 5 metros, em média. Para P&D [pesquisa e desenvolvimento] e diversas outras aplicações, é necessário uma precisão muito maior (ou seja, um “erro” muito menor)”.
“A estação geodésica MSGR substituirá a antiga MSCG, atendendo à grande demanda por dados para posicionamento geodésico na região de Campo Grande”, afirma Guiderlan Mantovani, gerente de redes planialtimétricas do IBGE. De acordo com técnicos dos dois órgãos, manter a nova estação nas instalações da Embrapa Gado de Corte representa economia de recursos públicos, reduzindo despesas com locação, energia, segurança e manutenção do espaço.
Fonte: Embrapa