A Embrapa Territorial e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assinaram um memorando de intenções para trabalhar conjuntamente no desenvolvimento de soluções tecnológicas para apoiar a gestão fundiária. De 2 a 4 de agosto, profissionais das duas instituições reuniram-se em um workshop, na sede da Embrapa Territorial, em Campinas, SP, para delinear o escopo do trabalho.
Carlos Shigeaky, chefe da Divisão de Análises e Estudos do Mercado de Terras do Incra, explicou: “Estamos buscando expansão da nossa capacidade de entrega. O apoio que a Embrapa deve nos fornecer é qualificar nossos processos de trabalho, no sentido de sistematização e automatização, para que ganhemos performance”. Lucíola Alves Magalhães, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, acrescenta que o trabalho conjunto estará centrado no “uso de imagens de satélite em apoio ao processo de regularização fundiária, especialmente para imóveis rurais menores do que quatro módulos fiscais”.
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Avançar na capacidade de analisar o uso das terras nos imóveis por sensoriamento remoto é um dos principais objetivos da parceria. Mapear conectividade no meio rural, potencial produtivo e aptidão agrícola são outras possibilidades. “A ideia não é desenvolver estudos pontuais, mas soluções estruturantes para o trabalho do Incra”, frisou Shigeaky.
“A parceria nos permitirá usar a inteligência territorial para entender um pouco melhor algumas informações que produzimos sobre o território brasileiro e planejar, de maneira mais eficaz, a atuação da autarquia”, disse Gustavo de Noronha, diretor de Gestão Estratégica do Incra. “Podemos olhar para as terras declaradas como improdutivas ou terras de grandes devedores da União e entender se elas são viáveis para a reforma agrária e porquê. Podemos também ver onde falta conectividade nos assentamentos”, exemplificou.
Gustavo Spadotti, chefe-geral da Embrapa Territorial, destaca que a parceria será voltada a aplicar métodos científicos aos processos de tomada de decisão na gestão fundiária. “A execução de políticas públicas poderá ser cada vez mais apoiada na Ciência de Dados e na Geotecnologia”, resumiu. Spadotti adianta: “A perspetiva é construirmos planos de trabalho aderentes às demandas do Incra e envolver o corpo técnico das unidades da Embrapa com interface nessas demandas”.
Por Embrapa