Frota de 30 mil satélites da Starlink preocupa NASA

Equipamento de lançamento de satélites da Starlink
Lote de 60 satélites de teste Starlink empilhados no foguete Falcon 9 prontos para serem postos em órbita, em maio de 2019. (Flickr SpaceX)

A NASA está preocupada com a quantidade de satélites que a Starlink pretende colocar em órbita para universalizar a Internet de alta velocidade em todos os pontos do planeta. A agência espacial americana teme que os 30 mil nanossatélites que a empresa do bilionário Elon Musk vai lançar ao espaço tenha impacto nas suas missões. Sem contar lançamentos de outras empresas, esse contingente mais que dobraria o número de objetos em órbita da Terra, atualmente em 25 mil.

Na semana passada, a NASA enviou um documento de sete páginas à Federal Communications Commission (FCC) no qual descreve os riscos que a constelação de satélites da Starlink poderia provocar, sobretudo em órbita baixa, até 600 km. “Um aumento desta magnitude e confinado a essa faixa de altitude traz um risco maior de colisões geradas por escombros, com base apenas no número de objetos”, afirma o documento, que também cita um provável aumento da indisponibilidade de datas para lançamentos em função do congestionamento.

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A agência não pede a proibição do projeto da Starlink, mas que a implantação ocorra de forma prudente e de modo a “apoiar a segurança dos voos espaciais e a sustentabilidade a longo prazo do ambiente no espaço”. No entendder da NASA, o projeto vai exigir muita “comunicação e coordenação” entre as partes.

Um dos pedidos feiros à FCC é que a Starlink demonstre a capacidade de sua constelação de satélites realizar manobras automáticas para evitar colisões, inclusive entre os próprios equipamentos da empresa. A agência espacial também quer saber se os dispositivos conseguem permanencer em baixa altitude durante picos de atividade solar. Hoje, a Starlink já opera 1,9 mil satélites, mas uma tempestade solar prevista para breve vai provocar 40 baixas nesse contingente.

Além da questão dos lançamentos de foguetes, a NASA cita também que o gigantesco número de dispositivos em órbita poderiam afetar as fotos tiradas pelo telescópio Hubble e o monitoramento de asteroides em rota de impacto com a Terra. Alguns observatórios astronômicos já relataram que a constelação da Starlink estaria atrapalhando a visibilidade dos céus, enquanto a Estação Espacial Internacional reclama que expansão da empresa de Elon Musk pode prejudicar suas missões, já que os satélites operam na mesma altitude dos veículos de visitação da ISS, entre 328 e 360 km.

Fonte: Tecnoblog

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