O IBGE apresentou nesta quarta-feira (15) o Mapa das Redes do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) versão 2021. Trata-se de um mapa mural, na escala 1:5.000.000, voltado a estudantes e profissionais da educação, engenharia, georreferenciamento, gestão pública e estudos científicos com as cinco redes do sistema geodésico do país:
- gravimétrica, composta por estações gravimétricas, com informações sobre a aceleração da gravidade;
- altimétrica, que reúne as referências de nível com altitudes de precisão obtidas por meio de nivelamento geométrico, e
- planialtimétrica, composta pelas estações SAT, com coordenadas geodésicas obtidas pelo posicionamento do Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS).
Há ainda duas redes geodésicas ativas: a Rede Maregráfica Permanente para Geodésia (RMPG) e a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS (RBMC). A RMPG observa as variações do nível do mar para vinculação de sistemas altimétricos costeiros ao Sistema Geodésico Brasileiro e estudos climáticos usando sensores instalados em cada estação. Os dados GNSS da RBMC são utilizados para a determinação de coordenadas de precisão, essenciais para diversas aplicações, como agricultura de precisão, estudos atmosféricos e demarcação de terras.
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O produto foi elaborado a partir das informações de setembro de 2021, obtidas no Banco de Dados Geodésicos (BDG), e de 2016, para a Base Cartográfica Contínua do Brasil ao Milionésimo (BCIM). Informações completas sobre cada estação dessas redes podem ser obtidas no Portal do BDG. O mapa está disponível em PDF e, nesta versão, um QRCode associado facilita o acesso às informações descritivas e às diferentes versões já produzidas.
O mapa SGB 2021 fornece também uma visão ampla da distribuição das estações geodésicas que compõem essas redes no território brasileiro, apresentando cada tipo de rede individualmente, em três mapas na escala 1:22.000.000. Por causa do número alto de estações geodésicas, o Estado do Rio de Janeiro, o Distrito Federal e as regiões de Florianópolis e Recife são mostradas em destaque, em escalas específicas.
A atualização do SGB acontece a cada dois anos. De acordo com o gerente de Sistemas e Dados da Coordenação de Geodésia e Cartografia do IBGE, Aislan Ferreira, isso é feito por meio de campanhas de medição e cálculos feitas pelo Instituto. “Parte da atualização dessas redes também é realizada pela sociedade em geral, através do processo de homologação de marcos geodésicos, cujos dados são submetidos ao IBGE e são incorporados ao SGB, se atendidos os requisitos previstos”, diz Ferreira, acrescentando que, entre outras aplicações, as redes podem ser utilizadas “para obter ou transportar coordenadas geográficas (latitude e longitude), altitudes ou valores de gravidade oficiais; para aplicação em obras de engenharia, como barragens, hidroelétricas, canais de irrigação e saneamento básico; em sistema de transportes; confecção de mapas; estudos demográficos e populacionais”.
Fonte Agência de Notícias IBGE