O IBGE publicou hoje o Atlas de Saneamento – Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário com a “leitura territorial” dos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2017 (PNSB) e outras fontes, mostrando que o saneamento básico melhorou em todas as regiões do país, mas as diferenças regionais ainda são grandes.
Apesar dos avanços, o Atlas revela que as Doenças Relacionadas com Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) ainda foram responsáveis por cerca de 0,9% de todos os óbitos ocorridos no Brasil, entre 2008 e 2019. No período, as DRSAI tiveram peso de 21,7% entre as mortes ocorridas apenas por doenças infecciosas e parasitárias no Brasil, com piora nas regiões Centro-Oeste (42,9%) e Nordeste (27,1%). “Esgoto a céu aberto colabora na proliferação dessas doenças, daí a correlação direta entre as enfermidades e o saneamento precário”, afirma Daiane Ciriáco, geógrafa do IBGE.
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Outro dado relevante do Atlas, relativo à distribuição dos serviços de saneamento de água e esgoto nos municípios, é a diferença entre a quase universalização do serviço de abastecimento de água por rede geral em contraste com o déficit ainda persistente na coleta de esgoto. Enquanto 99,6% dos municípios tinham abastecimento de água por rede geral, apenas 60,3% faziam coleta de esgoto em 2017.
No que toca aos estados, apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal apresentam taxas superiores a 85% de domicílios atendidos pelo serviço de coleta de esgoto (93,2%, 87,5% e 86,6%, respectivamente, segundo a PNAD Contínua 2017). Em 17 Estados – todos os da Região Norte, sete do Nordeste (com exceção de Pernambuco e Bahia) e todos os da Região Centro-Oeste (excluindo Brasília) –, as taxas de domicílios atendidos com coleta de esgotamento sanitário por rede geral variaram de 9,9% (casos de Rondônia e Piauí) a 54,0%, no caso de Sergipe.
Fonte: Agência de Notícias do IBGE