A erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, nas Canárias, chega hoje ao seu 34º dia e tem sido uma oportunidade ímpar para se acompanhar esse tipo de evento. Câmeras, satélites e sensores de todos os tipos monitoram as atividades na ilha 24 horas por dia, mostrando imagens das bocas eruptivas, rios de lava, o impacto do magma sobre casas, ruas e plantações e detalhes das chamadas fajanas, como os habitantes de La Palma chamam as ‘ilhas baixas’ formadas pela lava que encontra o mar, aumentando o território palmero.
E, nessa avalanche de informação, o destaque vai para os drones, equipamentos que têm sido largamente utilizados para acompanhar o fenômeno. Leves, fáceis de operar e seguros, já que não põem a vida de ninguém em risco, os drones estão mostrando todo o seu valor ao captar imagens em tempo real da situação em La Palma, substituindo os perigosos (e caros) voos de helicóptero com a vantagem adicional de poderem se aproximar ainda mais do epicentro dos acontecimentos.
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Exemplos disso são as imagens dos cones do Cumbre Vieja captadas no último Domingo pelo Instituto Geológico y Minero de España (IGME):
Ou essas, feitas pelos drones do IGME e do Cabildo (Conselho) de La Palma, mostrando os fluxos de lava e a fajana aberta na costa, no sudoeste da ilha:
Com mais de 187 mil toneladas de lava expelidas, essa é a maior erupção que em La Palma, desde que se começou a registrar a atividade vulcânica na ilha, no século XVI. O magma já se espalhou por quase 9 km2, destruindo mais de 2 mil casas, 62 km de estradas e desalojando 7 mil pessoas. Especialistas afirmam que a erupção do Cumbre Vieja está longe de terminar e pode durar meses, sobretudo porque não estão descartadas novas erupções mais ao sul, onde terremotos abalam a ilha cerca de 100 vezes por dia.