Numa nota de encerramento da atividade de recolha de dados do censo piloto, que decorreu de 19 de julho a 05 de setembro deste ano, o INE refere que, nas províncias de Luanda, Bengo, Bié, Lunda Norte, Cuando Cubango, Uíge e Cunene, foram recolhidos “dados de casos especiais seguido da recolha aos agregados familiares”.
De acordo com o INE, esta intervenção foi realizada em 410 secções censitárias, correspondendo ao mesmo número de agentes de campo.
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“A realização do Censo Piloto permitiu aferir no terreno, em termos de recolha de dados, cerca de 35.549 agregados familiares, de 309 edifícios”, lê-se na nota.
Entre os vários desafios, destaca, foi possível testar, fundamentalmente, as dificuldades relacionadas com a interpretação dos instrumentos de recolha (questionário), manuseio de ‘Tablet’, resistência dos materiais e equipamentos, movimentação dos técnicos nas áreas de difícil acesso, intervenção das autoridades locais e tradicionais na sensibilização da população, e a compreensão do questionário por parte dos indivíduos nos agregados familiares.
“Neste momento, o INE está a levar a cabo a atualização cartográfica em todo país, essa operação permitirá ter uma fotografia mais atualizada da geografia do país e, portanto, definir as áreas a selecionar para a recolha principal. O INE apela à participação e colaboração da população neste importante projeto”, refere o documento.
Angola vai realizar o seu segundo censo depois da independência, em 1975, no próximo ano, dez anos depois do último, em 2014, estando o início do processo marcado para o dia 19 de julho de 2024.
O diretor-geral do INE, José Calengi, disse que o censo vai abranger as 18 províncias, 164 municípios e 562 comunas, distritos, bairros e aldeias, nas áreas urbanas e rurais, com uma duração de 30 dias.
“O Censo está a ser financiado, maioritariamente, pelo Governo de Angola, mas conta com algum apoio financeiro do Banco Mundial e assistência técnica do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP)”, disse José Calengi, recentemente, em entrevista ao Jornal de Angola.
Segundo o diretor-geral do INE, para o censo, o país conta também com assistência técnica de consultoria internacional do Brasil, África do Sul e Portugal e apoio de Cabo Verde.
Por SAPO