Mapas pictóricos: um estilo revisitado

mapas pictóricos
Mapas pictóricos: representação do Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA (1904) – domínio público (Wikimedia Commons)

Edmilson Volpi*

Quem admira mapas, com certeza, se lembra daquelas peças murais penduradas nas paredes da escola com as matérias-primas de cada região ou com as etnias do mundo. Mais artísticas do que técnicas e ainda na memória coletiva com seu toque de nostalgia, essas representações são um exemplo dos chamados mapas pictóricos.

Muito na moda entre 1920 e 1950, esse tipo de cartografia, segundo artigo no Blog da GeograGift, está ressurgindo graças a ilustradores e designers que retomam a ideia com estilos muito déco, uma linguagem cômica ou até oferecendo versões interativas via web.

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Mas a verdade é que os mapas pictóricos não são uma invenção recente. Esse tipo de cartografia existe desde a antiguidade, no Egito antigo, na Roma Imperial, na Idade Média e no Renascimento, como ilustra o mapa do século XVI (abaixo), de Diego Gutiérrez, exibindo o império espanhol no seu auge, com Netuno em uma carruagem puxada por cavalos marinhos e outras ilustrações.

Mapas pictóricos: Carta de Diego Gutiérrez (1562) com as novas terras do Império espanhol (domínio público).

Entre os mestres dessa disciplina (assim como dos chamados mapas panorâmicos), destacam-se alguns nomes que deixaram belas obras para a posteridade: MacDonald Gill, Ernest Dudley Chase, Ashburton Tripp, Jo Mora, Ruth Taylor White, Lucien Boucher, Gerald Eddy, Miguel Covarrubias, Heinrich Berann, Ernest Clegg, Karl Smith, Edwin Olsen, Stanley Turner, Coulton Waugh, Everett Henry, Don Bloodgood, C.V. Farrow, Richard Edes Harrison, Alva Scott Garfield, Elizabeth Shurtleff, Tony Sarg, Harrison Godwin…

Veja o artigo original aqui, e a tradução, no Curiosidades Cartográficas.

*Edmilson M. Volpi é engenheiro cartógrafo e editor da página Curiosidades Cartográficas no Facebook Instagram

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