Pesquisadores ligados à NASA aplicaram um mapeamento de árvores baseado em aprendizagem profunda, treinado manualmente em cerca de 90.000 árvores, a um conjunto de dados de quase 300.000 imagens de satélite para medir mais de 9,9 bilhões de plantas lenhosas que exibiam uma sombra e uma área de copa superior a 3 metros quadrados. Foram selecionadas apenas características que mostravam uma área de copa distinta e uma sombra associada, o que permitiu à equipe excluir pequenos arbustos, tufos de grama, rochas e outras características enganosas.
As regiões de imagem foram correlacionadas para refletir quatro zonas de precipitação; hiper-árida, árida, semi-árida e subúmida seca, pois a precipitação afeta a absorção e armazenamento de carbono. Enquanto a folhagem representa apenas 3% da massa seca total, ela foi usada como medida indireta para quantificar a massa total. A proporção da massa da raiz é, em média, de 15-20% da massa total e também foi derivada com base na folhagem.
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Deseja visualizar o grande conjunto de dados de mapeamento de árvores em um formato de navegador interativo? Os pesquisadores também o fizeram, então eles criaram um visualizador elegante para trabalhar e o tornaram público. Os resultados estão em um artigo publicado na revista Nature. É possível visualizar os dados neste link.
A capacidade de rastrear a eficácia do sequestro de carbono poderia assumir um significado global na luta contra a mudança climática. O reflorestamento é um método líder pelo qual as nações mundiais se comprometeram a compensar sua pegada de carbono.
No entanto, a praticidade desses compromissos foi analisada por uma equipe de 20 pesquisadores que trabalham com a iniciativa de pesquisa climática interdisciplinar da Universidade de Melbourne. Eles somaram as obrigações e descobriram que seria necessário plantar árvores em quase 1,2 bilhões de hectares, uma área maior do que a Europa ou os EUA e aproximadamente a quantidade de terra atualmente utilizada para cultivos em todo o mundo.
“Em curto prazo será possível mapear as árvores do mundo desde o centro da Amazônia até nossos pátios escolares”, disse Jean-Pierre Wigneron, coautor do estudo. “Muitos campos se tornarão mais eficientes quase em tempo real, como rastreamento de estoques de carbono, biodiversidade, extração de madeira e degração ilegal”.
Com informações da phys.org