Artigo publicado no Blog da Geografia, no último Domingo (29), Dia do Geógrafo, levanta uma questão cada vez mais considerada pelos profissionais da Geografia. Afinal, em um ambiente Geo onde a tecnologia só tende a aumentar, a programação de computador deve fazer parte do aprendizado do geógrafo?
O texto chama a atenção para estudos apontando que pessoas que aprendem uma linguagem de programação tendem a organizar melhor suas ideias e a ter mais criatividade para a resolução de problemas do dia a dia.
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Acompanhe o artigo, abaixo:
Estamos começando a viver em um mundo onde praticamente tudo, desde o fogão até o mais complexo smartphone, tem programação como um de seus pilares. E isso tem forçado profissionais de diversas áreas a aprenderem a programar.
O geógrafo e as novas tecnologias
O geógrafo sempre esteve atento ao uso de tecnologias para a resolução de problemas. Afinal, fazemos uso delas para entender as transformações que ocorrem no espaço.
Além disso, diversos desafios têm se apresentado ao geógrafo, principalmente o desafio de utilizar o raciocínio lógico e ferramentas de programação na análise espacial, elaboração de mapas técnicos.
Saber programar pode gerar a oportunidade de conseguir melhores empregos
É só fazer uma busca no LinkedIn que será possível se deparar com uma surpreende quantidade de empregos na área de geoprocessamento ou análise ambiental que tem como requisito básico o conhecimento das seguintes linguagens de programação e ferramentas computacionais:
- Python;
- R;
- SQL;
- Google Earth Engine.
Destaca-se que estas linguagens devem vir acompanhadas de um conhecimento básico de sensoriamento remoto, geoprocessamento, entre outros.
Veja abaixo os requisitos para a contratação de um profissional na área de geotecnologias:
Requisitos e qualificações:
- Legislação Ambiental;
- Conhecimentos: Sensoriamento Remoto, Geoprocessamento;
- Pacote Office (Excel e Word);
- Ferramentas ETL – básico;
- Conhecimentos básicos em Python, R e SQL – desejável;
- Inglês – mínimo intermediário;
- Edição, ajustes, análises cartográficas;
- Experiência em sensores ativos (radar) – desejável;
- Escrita técnica e elaboração de relatórios técnicos;
- Graduação: Engenharia de áreas agrícolas (exs: Agronomia, Agrícola, Florestal) e Geografia.
Nota-se que entender programação pode abrir muitas oportunidades de emprego. Além disso, há quem já defenda disciplinas de programação no currículo dos cursos de geografia. O geógrafo Abimael Cereda é um dos que defende essa ideia.
Além disso, quando se tem um conhecimento de uma das linguagens de programação citadas neste artigo, há a possibilidade de o profissional conseguir uma ocupação em qualquer lugar do mundo, pois muitas empresas estão começando a contratar empregados para trabalhar no formato home office.
Neste sentido, as novas tecnologias parecem inaugurar um novo paradigma, onde o conhecimento de linguagens de programação se tornam tão importantes quanto o domínio dos fundamentos básicos da geografia.
Fonte: Blog da Geografia