Se você pudesse pingar uma gota de chuva que não evaporasse nunca, qual o caminho que ela faria dependendo do lugar onde você a largasse? Essa questão já pode ser respondida no site Global River Runner, um work in progress baseado em dados abertos e componentes de software de código aberto que simula esses caminhos para qualquer parte do mundo.
Desenvolvido por Sam Learner, Dave Blodgett, Kyle Onda e Ben Webb, o software calcula a maioria dos caminhos de rios com base em dados topográficos coletados e processados automaticamente, mas admite que esses trajetos podem ser afetados por recursos de engenharia, como represas, canais e tubulações.
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Basta clicar em qualquer ponto do mapa e a topografia aponta o caminho até um curso d’água abaixo que pode levar a gota até um lago ou ao Oceano. Como no exemplo da foto no alto da página, em que simulamos o caminho que essa hipotética gota faria se caísse na Zona Leste de São Paulo. Repare que, apesar de nosso ponto de partida estar relativamente perto do mar (cerca de 50 km em linha reta), a topografia joga a gota no Tietê, um rio singular, que corre para o interior. Daí, ela seguiria para o Rio Paraná e acabaria sendo lançada no Oceano pela Bacia do Prata, entre o Uruguai e a Argentina, após percorrer mais de 3,6 mil km!