A cidade de Pato Branco, no sudoeste do Paraná, acaba de criar o Código de Endereçamento Rural (CER) para identificar cada uma das mais de 2 mil propriedades agrícolas do município. O código, que é confidencial e só repassado aos proprietários, é uma combinação de letras e números montada pela Prefeitura da cidade utilizando dados de latitude e longitude de cada propriedade.
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A iniciativa promete facilitar a mobilidade rural e melhorar a qualidade de vida de quem mora no campo, permitindo a identificação de endereços de forma mais eficiente e agilizando o atendimento de serviços de saúde, segurança e entregas, já que o código dispensa qualquer informação sobre nome de ruas, número de casa ou qualquer outro complemento.
De acordo com Kátia Bertol, diretora do Parque Tecnológico de Pato Branco, os códigos de endereçamento são gerados a partir de informações de georreferenciamento disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Agricultura e que utilizam um sistema desenvolvido pelo Município. “Quando você joga esse código no Google Maps, dá a rota para a propriedade”, explica Kátia.
“Isso facilita muito para as empresas agropecuárias que entregam no interior e que vendem ração e insumos”, cita o vereador Eduardo Dala Costa, autor, em agosto do ano passado, do projeto de criação do CER, revelando que que a ideia do CEP rural surgiu da dificuldade de se encontrar os endereços das propriedades.
Ter acesso a serviços em domicílio na área rural é um problema constante para qualquer morador do campo. Sem um endereço padronizado e facilmente localizável, chamar uma ambulância, Bombeiros ou a Polícia, por exemplo, é um desafio para quem espera e para quem precisa localizar o autor da chamada.
Os agricultores de Pato Branco que desejarem ter o CEP rural devem solicitá-lo à Secretaria de Agricultura do Município.
Em outubro do ano passado, o Google Maps já havia anunciado o Address Maker, ferramenta que usa coordenadas geográficas e cria um ‘endereço virtual’ para quem mora em regiões remotas. O sistema, que é entregue a governos e organizações sem fins lucrativos, já estava sendo usado por países da África e pela Índia e Estados Unidos.
Fonte: Diário do Sudoeste