A capital de Rondônia decidiu utilizar a experiência do Distrito Federal (DF) como modelo para a criação da sua base de dados georreferenciada. Técnicos de Porto Velho se reuniram semana passada na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) de Brasília para conhecer as principais ferramentas da capital federal.
“Brasília é, para nós, um modelo, com um sistema maduro e que presta um serviço de excelência, com ferramentas maravilhosas para a gestão de governo. Estamos saindo daqui bastante animados com a implantação desse projeto em Porto Velho”, afirmou a subsecretária da Receita Municipal de Porto Velho, Sandra Bandeira, destacando que os dados da Seduh também serão úteis no mapeamento de novas unidades habitacionais que surgirem em Porto Velho. “Isso vai incrementar a receita do IPTU e da taxa de coleta de lixo, ambos ligados ao cadastro imobiliário”.
Plataforma virtual com mapas georreferenciados por dados espaciais que recebe, em média, 65 mil acessos por mês, o Geoportal é a principal ferramenta geo do DF. O portal oferece uma série de serviços ao cidadão, como mapas urbanos, sistemas de redes de água e esgoto, informações sobre vias e ciclovias e normas urbanísticas já aprovadas para áreas regularizadas e em processo de regularização.
Os responsáveis da capital rondoniense também conheceram o Sistema de Documentação Urbanística e Cartográfica do Distrito Federal (Sisduc), com um acervo de 20 mil documentos urbanísticos abertos para consulta pública, e o Cadastro Técnico Multifinalitário (CTM-DF), base cartográfica com informações de diversas áreas do GDF.
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“Como eles vão começar a organizar toda a base georreferenciada do território deles, vieram buscar nossa experiência, fruto de anos de trabalho. Somos referência em nível nacional por já termos todo o DF georreferenciado, com uma legislação que normatiza os procedimentos e o Geoportal, que integra todas as informações dos órgãos do GDF”, informou a coordenadora do Sistema de Informação Territorial e Urbano da Seduh, Litz Bainy.
Já a diretora do Departamento de Planejamento Institucional e Gestão Estratégica da Prefeitura de Porto Velho, Raísa Tavares, ressalta que o que foi visto servirá para implantar um “Escritório de Geoprocessamento”: “Até a estrutura que apresentaram será válida para conseguirmos realizar a nossa meta”, disse.
Antes de Porto Velho, a Prefeitura de Salvador e representantes do governo do Uruguai já haviam se reunido com a Seduh para conhecer a base de dados georreferenciada de Brasília.
Fonte: Agência Brasília