Rio amplia monitoramento de desastres naturais

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Desastres naturais: chuvas deste ano, em Petrópolis, deixaram mais de 50 mortos – foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

De olho na chegada do período de temporais de verão, o Governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou novas medidas para o Plano de Contingência para Chuvas Intensas, como a ampliação dos sistemas de monitoramento, alerta e alarme de desastres naturais. O Estado vai ainda aumentar o número de operadores do Sistema de Monitoramento Meteorológico e investir cerca de R$ 40 milhões na construção da Academia de Bombeiro Militar Dom Pedro II, em Petrópolis, região serrana do Rio.

Sregundo o governador Cláudio Castro, desde o início de sua gestão, o governo estadual tem trabalhado para prevenir desastres naturais provocados pelas fortes chuvas. “No primeiro ano, avançamos muito em limpeza de rios, córregos e canais. Em 2022, investimos em amparo social para as pessoas afetadas pelas tragédias. Nossa meta é começar 2023 com o fortalecimento da contenção das encostas, trabalho que sempre foi realizado com diligência e competência pelos nossos técnicos”, afirmou.

Neste ano, o governo já empenhou quase R$ 1,1 bilhão no plano de contingência, somados aos orçamentos utilizados pelas secretarias para ações de prevenção de catástrofes. O valor é quase quatro vezes superior ao empenhado em 2021, quando foram destinados em torno de R$ 310 milhões nas iniciativas.

Em Petrópolis, serão atualizadas as 20 sirenes já existentes e instaladas outras 30. Angra dos Reis também terá 20 novas sirenes. Em Rio Claro, serão cinco novas sirenes e oito pluviômetros automáticos. Em Paraty, 11 novas sirenes e 11 pluviômetros, e em  Nova Friburgo, quatro sirenes. O valor estimado para implementação e manutenção, por um ano, é de R$ 11,1 milhões.

O secretário da Casa Civil do Rio, Nicola Miccione, explicou que “mais do que atuar nas consequências das chuvas, o acompanhamento quinzenal feito pelo comitê ajudou na preparação, a fim de evitar problemas futuros. O comitê programou para 2023 uma ação maior e completa. Nesse grupo, além de mostrar o que cada pasta faz, estamos concentrando esforços para prevenir tragédias com gestão e responsabilidade. Um trabalho importante, que evita desperdícios de recursos e visa à segurança da população”, afirma.

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Agora em novembro, a Defesa Civil do Rio planeja ações de simulação emergencial para a desocupação de escolas públicas, de comunidades vulneráveis, além da realização de seminários e a criação de protocolos conjuntos com o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Infraestrutura. O objetivo é promover a autoproteção e despertar o conhecimento necessário para que a população fluminense saiba como agir a partir de cenários de desastres naturais.

O secretário de Defesa Civil, coronel Leandro Monteiro, informou que a entidade está trabalhando constantemente para a reformulação e atualização do Plano de Contingência Estadual para Chuvas Intensas: “São novos protocolos para padronização de planos municipais, redefinição de integração entre as agências, definição de padrões mínimos para resposta aos desastres, criação de índice para medir a capacidade municipal na gestão do risco de desastres para aprimorar o atendimento à população fluminense”.

Em fevereiro deste ano, temporais castigaram a Região Serrana do Rio e deixaram mais de 50 mortos. As chuvas form ainda piores que as de janeiro de 2011, quando mais de 900 pessoas morreram em cidades como Nova Friburgo e Teresópolis.

De acordo com o professor da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em drenagem urbana Matheus Martins, a topografia da região é propícia a desastres naturais, como inundações e deslizamentos, já que possui inúmeras encostas cortadas por rios, como o Piabanhas, afluente do Paraíba do Sul.

Fonte: Agência Brasil

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