A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou, na semana passada, o Datalake, infraestrutura de dados que estará aberta ao cidadão e pode ser acessada no site do data.rio. A ferramenta irá reunir informações de todas as secretarias, autarquias e empresas municipais para a construção de políticas públicas, como um repositório para armazenar, processar e disponibilizar diferentes dados de maneira unificada.
“Sempre fazemos um planejamento estratégico e estabelecemos nossas metas para saber aonde queremos chegar. E os dados ajudam muito nisso. Saber olhar e trabalhar esses dados fará com que alcancemos os resultados adequados. Além disso, damos transparência para todas essas informações, o que é bom para avançarmos”, afirma o prefeito do Rio, Eduardo Paes, acrescentando que o Datalake permitirá que a sociedade se comunique com a Prefeitura, trazendo “mais efetividade e qualidade nas políticas públicas com participação dos atores civis”.
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A ideia da Prefeitura carioca é criar uma base de dados utilizando tecnologia para que o Município, a sociedade civil, universidades e empresas privadas possam desenvolver projetos e pesquisas em benefício da cidade.
Integração com dados do Waze
O projeto começou no ano passado com um piloto na Secretaria de Transportes, mas a Secretaria da Educação já vem fazendo uso dos benefícios trazidos pela organização e disponibilização dos dados no Datalake. A plataforma permite acompanhar a trajetória (desempenho, frequência e movimentação) de cada aluno em tempo real, viabilizando a criação de soluções para ajudar a prática pedagógica de professores e o planejamento de gestores.
João Carabetta, chefe executivo de dados da Cidade do Rio de Janeiro, compara o Datalake ao saneamento básico: “Agora, todas as nascentes de dados serão integradas e passarão por tratamento e atualizações constantes. O usuário do Datalake será capaz de conectar o seu projeto pessoal ou de sua empresa a apenas um encanamento da Prefeitura”.
O Datalake conta ainda com dados do aplicativo Waze. A ideia é que, ao alertar sobre um buraco no app, por exemplo, o usuário enviará sua queixa direto para a Secretaria de Conservação. O mesmo valerá para denúncias de sinais apagados, que serão direcionadas para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio). O Datalake auxiliará a Secretaria de Ordem Pública na detecção de construções ilegais por imagem de satélite. “Fechamos uma parceria com o DSSG (Data Science for Social Good) e vamos mapear todas as novas construções. Se o imóvel não estiver licenciado, vamos fazer a checagem para saber se aquela construção é irregular”, revela João Carabetta.
O próximo Desafio COR (Centro de Operações Rio), programa que apresenta a startups, empresas e grupos técnicos interessados, desafios da cidade com o objetivo de aprimorar a performance municipal na gestão das operações integradas de infraestrutura, logística e emergências urbanas, será focado na prevenção de enchentes e deslizamentos, e já contará com dados pluviométricos, de satélite e de radar disponíveis no Datalake.
Fonte: Prefeitura do Rio