O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH-UFRGS) e a Universidade do Vale do Taquari (Univates) têm trabalhado juntos nas últimas semanas para mapear as áreas urbanas que foram inundadas devido à cheia do Rio Taquari-Antas. O projeto começou em setembro, coincidindo com eventos climáticos extremos, e tem como objetivo identificar regiões que apresentem potencial risco de futuras inundações.
Pesquisadores de ambas as universidades estão envolvidos no projeto, contando também com a colaboração dos moradores das áreas afetadas. Em breve, será lançado o “Mapa Cidadão”, que será construído com base nas informações fornecidas pelos residentes do Vale do Taquari, combinadas com os dados coletados pelo grupo de pesquisa.
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O objetivo principal é promover a ciência colaborativa com a comunidade local, permitindo que os moradores auxiliem na coleta de informações sobre as áreas afetadas pela cheia. Posteriormente, esses dados serão utilizados como base para estudos científicos.
Até o momento, foram mapeadas as cidades de Santa Tereza, Muçum, Encantado, Roca Sales, Lajeado e Estrela, com informações publicadas em uma nota técnica no site do Grupo de Pesquisa de Hidrologia de Grande Escala da UFRGS. O próximo passo é validar essas informações e incluir mais pontos, conforme as contribuições da população. O mapeamento se estenderá às outras cidades afetadas pelas chuvas, como Taquari, General Câmara, Venâncio Aires e Bom Retiro.
O processo de mapeamento é composto por três etapas: (i) reconhecimento em campo em partes das áreas afetadas; (ii) análise visual de imagens de satélite das regiões por especialistas em hidrologia; e (iii) cruzamento de dados com informações topográficas e modelos digitais existentes.
Moradores das áreas atingidas podem contribuir fornecendo informações sobre os locais atingidos e os níveis das inundações por meio do WhatsApp (51-3308-8180), criado exclusivamente para esse propósito. O mapa resultante mostrará as áreas inundadas com maior precisão e estará disponível nos sites da Univates, IPH-UFRGS e Programa de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto (PPGSR) da UFRGS.
Com informações do Governo do Estado do RS e Zero Hora