São Paulo fala ‘biscoito’

Biscoito venceu
Até na capital paulista, ‘biscoito’ é mais procurado no Google que bolacha

Quem diria que, após anos de discussão entre cariocas e paulistas sobre o que é certo ou errado no caso do nome para (biscoitos/bolachas), o Google Trends fosse revelar que, afinal, os próprios paulistas – e os paulistanos! – buscam mais pela palavra ‘biscoito’ do que por ‘bolacha’, na maior ferramenta de buscas da Internet. A supremacia de ‘biscoito’ é ainda maior quando se leva em conta que a palavra ‘bolacha’ tem pelo menos mais dois motivos semânticos para ser pesquisada (tapa e disco de vinil), contra apenas uma de “biscoito’: o alimento doce.

Na pesquisa realizada neste domingo (13), é possível perceber também que o termo ‘biscoito’ é amplamente utilizado no Brasil, sendo a maior busca em quase todos as unidades da Federação. Apenas os estados brasileiros do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), além do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul buscam mais por ‘bolacha’.

Mais surpreendente ainda é a revelação que, na capital paulista, o termo ‘biscoito’ é mais pesquisado (57%) do que ‘bolacha’ (43%). Seria efeito da grande migração de cariocas para São Paulo, nos últimos anos?

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As origens de ‘biscoito’ e ‘bolacha’

Derivado do latim (biscoctus) e, mais tarde, do francês ‘biscuit‘, o termo biscoito é uma referência à própria maneira do seu preparo, cozido duas vezes. Na sua origem, tratava-se de um tipo de doce feito de pedaços de bolo colocados no forno outra vez para ficarem mais crocantes. Já o termo ‘bolacha’ é uma alusão à forma geral desses doces, normalmente círculos achatados que saem da assadeira. Deriva do termo do latim ‘bulla‘ (bolo) acrescido da forma diminutiva ‘acha’, para caracterizar que foi prensado.

Curiosamente, o termo ‘bolacha’ é mais pesquisado em Portugal, pátria-mãe da nossa língua e país que adotou inúmeras expressões francesas no seu vocabulário, como rés do chão (piso térreo – do francês, rez-de-chaussée), pequeno almoço (café da manhã – do francês, petit-déjeuner) e até a maneira de dizer as horas (sete menos um quarto, mais conhecido por aqui como quinze para as sete, vem do francês, sept heures moins le quart ).

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