Já se encontra nos Estados Unidos aguardando lançamento para a Estação Espacial Internacional o satélite SPORT (Scintilation Prediction Observations Research Task), desenvolvido em parceria pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), pela NASA, pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE) e por universidades americanas.
No início do mês, o equipamento passou pela revisão pré-embarque no Laboratório de Integração (LIT) do INPE, em São José dos Campos, procedimento padrão realizado pela Nasa e pela AEB, seguindo para Houston (Texas) e, em seguida, para a Base de Walloups (Virgínia), onde será lançado com destino à Estação Espacial Internacional (ISS – International Space Station). Da ISS, o satélite será posto em órbita para observação no espaço.
“Esta etapa desfecha um trabalho de desenvolvimento tecnológico de alta complexidade e inicia uma outra que é a colocação em órbita do nosso satélite. Agora é aguardar o lançamento e esperar por um perfeito funcionamento do SPORT”, afirma o reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o professor doutor Anderson Ribeiro Correia.
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O SPORT é um CubeSat 6U, ou seja, um nanossatélite formado por unidades de cubos de 10 cm (cada uma equivalente a 1U), para pesquisas científicas na ionosfera. Ele tem a missão de monitorar a ionosfera (camada superior da atmosfera) e coletar dados para o estudo dos efeitos das tempestades solares, que provocam perturbações em várias atividades, como sinais de GPS, comunicações e energia.
Na vanguarda tecnológica, esses nanossatélites são capazes de realizar funções desempenhadas por grandes satélites, mas a um custo muito mais baixo, e têm se tornado uma tendência na pesquisa espacial.
Gerente do projeto, o professor doutor Luís Loures diz que foi vencida uma etapa essencial no desenvolvimento tecnológico de alta complexidade e que durou quatro anos. “Esse trabalho propiciou um grande desenvolvimento para nossa Engenharia Espacial, e essa conquista nos deixa muito felizes e certos de que estamos cumprindo nosso papel de qualificar profissionais para atuarem na indústria aeroespacial brasileira”, afirmou.
O Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), tenente-brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, enaltece o projeto, um trabalho integrado entre alunos do Centro Espacial ITA, técnicos do INPE e pesquisadores da NASA e de universidades norte-americanas em coordenação com o DCTA: “Essa sinergia é fundamental para quem quer estar na fronteira do conhecimento. Como resultado, ganha o Brasil, ganha o nosso Programa Espacial”.
Fonte: Força Aérea Brasileira