Em erupção há 13 dias, o vulcão Cumbre Vieja, na ilha La Palma, arquipélago das Canárias, tem preocupado não só a comunidade de geólogos e vulcanólogos, mas também as equipe de socorro a populações em perigo que atuam na pequena ilha do Atlântico.
Satélites de todo o mundo (e até canais no YouTube) monitoram 24 horas a evolução do fenômeno. A maior preocupação tem sido o volume de magma expelido do Cumbre Vieja e sua provável direção, descendo a montanha rumo ao mar. As imagens são coletadas o tempo todo para alimentar modelos de projeção com o provável caminho do rio de fogo.
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Até agora, em seu movimento inexorável, a lava já destruiu mais de 400 imóveis, enterrou dezenas de quilômetros de ruas e estradas e queimou largas extensões de campo e lavoura do lado sudoeste da pequena ilha, obrigando a retirada de 6 mil pessoas do local.
Após ter despertado de um sono de 50 anos, o Cumbre Vieja, agora, pode permanecer ativo por meses, já que sua erupção é do tipo estromboliana, por fissuras, menos violenta e perigosa, porém muito persistente, pois os dutos de lava não são destru´ídos pelas explosões. Os registros históricos em La Palma, que remontam ao séc. XV, mostram erupções que duraram até três meses.