Caso não consiga verbas para um novo projeto de monitoramento de biomas que incluiria o Cerrado e aguarda resposta do Finep (Financiador de Estudos e Projetos), o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) deixará de fornecer, a partir de abril, dados sobre desmatamento de um dos maiores e mais importantes biomas do país, que abriga oito nascentes das 12 bacias fundamentais para consumo de água e geração de energia hídrica do país. O órgão está sem verbas para manter a equipe de 20 pesquisadores do PRODES Cerrado, desde que cessou o repasse de verbas do Forest Investment Program (FIP), do Banco Mundial.
“É um projeto importante para acompanhar a questão hídrica, a agricultura. É um projeto de baixo custo se comparado ao valor que esses dados têm para o mercado, mas não temos investimento”, afirma ao G1 Cláudio Almeida, coordenador do programa de monitoramento da Amazônia e demais biomas. Segundo o INPE, para manter o programa e seus 20 pesquisadores seriam necessários R$ 2,5 milhões por ano.
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Em Nota Técnica divulgada na semana passada, o INPE fez um balanço do desmatamento do Cerrado, concluindo que, de julho de 2020 a julho de 2021, a vegetação nativa foi reduzida em 7,9% – cerca de 8,5 mil km2, o que equivale a cinco vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Fonte: G1