Planalto mapeia áreas de risco

Os temporais ocorridos na última semana no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, resultando em perdas humanas, destacaram um desafio persistente em âmbito nacional: a presença de populações em áreas de risco. Conforme levantamento da Casa Civil e do Ministério das Cidades, 1.942 municípios, equivalentes a 34% do total, abrigam parte de sua população em regiões propensas a deslizamentos, enxurradas e enchentes.

Esse número representa um aumento de 136% em relação aos dados de 2012, quando 821 municípios foram listados como suscetíveis a danos causados por fenômenos naturais. O levantamento mais recente, divulgado pelo jornal “O Globo” destaca que 8,9 milhões de pessoas residem em áreas consideradas de risco nessas cidades. O estudo aponta que as Regiões Sudeste e Nordeste apresentam o maior número de municípios em áreas de risco, com Minas Gerais liderando como o estado com o maior registro de cidades nessa lista (283). Além disso, São Paulo detém a maior população exposta a áreas suscetíveis a desastres naturais, totalizando 1.552.836 pessoas.

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O governo planeja destinar até R$ 14,9 bilhões, até o final do mandato presidencial em 2026, para atender essas áreas no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Deste montante, R$ 6,4 bilhões estão previstos para 2024, incluindo a conclusão de oito obras de contenção de encostas e seis de drenagem no estado do Rio de Janeiro.

A Região Centro-Oeste, por outro lado, apresenta o menor percentual de eventos registrados e de pessoas expostas a riscos. Os dados utilizados não consideram eventos ocorridos em 2023, e o levantamento enfatiza que a lista de cidades com áreas de risco é dinâmica, sujeita a alterações conforme novos eventos ocorram e as bases de dados sejam atualizadas.

Com informações de O Globo

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