A Claro, a FAPESP e a Universidade de São Paulo (USP) anunciaram, semana passada, a criação de um Centro de Pesquisa Aplicada (CPA) voltado ao desenvolvimento de soluções inovadoras envolvendo 5G e inteligência artificial (IA) generativa. A parceria, formalizada durante o Web Summit Rio, prevê um investimento de mais de R$ 40 milhões ao longo de cinco anos, com a participação de mais de cem pesquisadores. O centro será sediado na Cidade Universitária, em São Paulo, e terá foco em três áreas estratégicas: Smart Cities, Indústria 4.0 e Agrotech.
O novo laboratório funcionará como espaço para testes e demonstrações, conectando pesquisadores da USP com profissionais de outras nove instituições parceiras, incluindo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Senai-SP. Segundo Eduardo Zancul, professor da Escola Politécnica da USP e diretor do centro, a iniciativa fortalece a integração entre universidade e mercado. “Com a parceria, Claro e USP, com apoio da FAPESP, dão um passo importante na integração entre academia e empresa, visando a geração de novas soluções para a sociedade”, afirmou.
Rodrigo Assad, vice-diretor do CPA e diretor do beOn Claro, destacou o papel estratégico da operadora na busca por inovação. “Temos acesso a tecnologias com um potencial imenso, que ainda não foi explorado em sua totalidade, e a conexão com a pesquisa acadêmica é fundamental para desbloquear a capacidade das tecnologias emergentes”, disse. A expectativa é que os mais de 40 projetos previstos resultem em soluções aplicáveis no mercado, com potencial de escala nacional e global, beneficiando empresas, governos e cidadãos.
Para Marcio de Castro, diretor científico da FAPESP, o investimento fortalece a pesquisa aplicada e a formação de profissionais qualificados. “O financiamento de pesquisas nas áreas de redes, cidades inteligentes, indústria 4.0 e agrotech é fundamental para promover a inovação tecnológica, formar recursos humanos e estimular a transferência do conhecimento”, afirmou. A iniciativa reforça a aposta na colaboração entre academia e setor produtivo como caminho para impulsionar o desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil.