Cabo Verde quer liderar inovação africana em alertas climáticos via satélite


Durante a Conferência Africana de Navegação por Satélite – Pré-evento de Alto Nível 2025, realizada na cidade da Praia, o Vice-Primeiro Ministro e Ministro da Economia Digital de Cabo Verde, Olavo Correia, reafirmou a ambição do país em tornar-se referência continental no uso de tecnologias espaciais para sistemas de alerta precoce. Cabo Verde, segundo Correia, está pronto para servir como laboratório de inovação na aplicação de dados geoespaciais, incluindo sistemas GNSS, e também como sede de um centro regional de cooperação africana nesse domínio estratégico.

A proposta está ancorada numa visão de longo prazo para transformar Cabo Verde numa nação digital resiliente, capaz de antecipar riscos e proteger a sua população. O ministro destacou os avanços já implementados em literacia digital, conectividade via fibra ótica e infraestrutura de dados abertos, além de políticas voltadas à interoperabilidade e à segurança cibernética. Para Correia, investir em tecnologias de alerta não é apenas uma questão de eficiência técnica, mas também de justiça climática, sobretudo para os países africanos mais vulneráveis aos eventos extremos.

O apelo feito pelo governo cabo-verdiano inclui a articulação de esforços entre Estados, setor privado e organizações internacionais, sinalizando que a inovação precisa ser acompanhada por solidariedade. “Queremos uma África que antecipe os desastres e proteja as pessoas com inovação e cooperação”, declarou Correia. A conferência, organizada pelo Escritório Conjunto do Programa SatNav África em parceria com o governo local, integra os preparativos para o evento continental de 2026, que ocorrerá em Dakar, e posiciona Cabo Verde como ator estratégico no futuro digital e climático do continente.

Veja também

Geo e Legislação

Censo 2022 identifica 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com autismo no Brasil

O Censo Demográfico 2022 identificou 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA), o que corresponde a 1,2% da população brasileira. A prevalência foi maior entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%): 1,4 milhões de homens e 1,0 milhão de mulheres foram diagnosticados

Geo e Legislação

Geotecnologia pode ajudar a combater crise hídrica

Vivendo sua pior crise hídrica nos últimos 91 anos, o Brasil está sob ameaça de enfrentar racionamentos de água, energia e até de passar por apagões, com vários dos seus reservatórios operando perto do nível mínimo para geração de energia. A pior situação é no Sudeste e Centro-Oeste do país,