A China realizou, semana passada, o Fórum de Cooperação Global em Segurança Pública, destacando sua capacidade na exportação de tecnologias de vigilância e de sensoriamento remoto, como câmeras de segurança, sistemas de reconhecimento facial e tecnologias de DNA de alta precisão. O evento, que ocorre em Lianyungang, reúne representantes das forças policiais e de segurança de mais de cem países.
Diversas empresas chinesas estão apresentando seus produtos no fórum, incluindo a Caltta Technologies, que está auxiliando Moçambique na criação de uma plataforma de resposta a incidentes utilizando inteligência de dados para localização de alvos. A Huawei, uma das maiores empresas de telecomunicações do país, informou que suas soluções de segurança pública já foram implementadas em mais de 100 países e regiões, como Quênia e Arábia Saudita.
O ministro da Segurança Pública da China, Wang Xiaohong, mencionou que, no ano passado, a polícia chinesa treinou 2.700 policiais estrangeiros e que mais 3.000 receberão treinamento nos próximos 12 meses. A iniciativa reflete o interesse chinês em compartilhar suas técnicas de policiamento e vigilância com outros países.
No evento, o Instituto de Medicina Legal, vinculado ao Ministério da Segurança Pública da China, apresentou métodos avançados para testes de DNA. A SDIC Intelligence Xiamen Information, outra empresa presente, demonstrou um sistema de reconhecimento facial capaz de melhorar a nitidez das imagens para facilitar a identificação.
Delegações de vários países manifestaram interesse nas tecnologias apresentadas. O major da polícia sul-africana Sydney Gabela afirmou que busca aprender com as inovações chinesas, enquanto o coronel Galo Erazo, da polícia equatoriana, declarou que participou do fórum para estabelecer contatos e iniciar programas de treinamento.
Com informações de France Press e The Independent