Crise no IBGE: Acesse o Resumo semanal (27–31/01)

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A crise na Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) expõe disputas internas, embates institucionais e questionamentos sobre a governança do órgão. Conflitos entre a gestão e os servidores, decisões controversas e preocupações com a autonomia e a credibilidade das informações produzidas ampliam as tensões, resultando em exonerações, investigações e repercussões políticas. A falta de consenso sobre o futuro do instituto, somada aos desafios de financiamento e transparência, mantém o impasse, cujos efeitos ultrapassam o ambiente interno e impactam a confiabilidade dos dados essenciais para o país.

Diante desse cenário, a Geocracia se posiciona, de forma pioneira, como uma fonte essencial de análise e acompanhamento da crise, oferecendo uma cobertura detalhada e crítica sobre os desdobramentos que afetam o IBGE. Nosso compromisso é esclarecer as implicações dessa instabilidade e contribuir para um debate qualificado sobre a governança dos dados públicos, reforçando a importância de um instituto independente e tecnicamente sólido.

A seguir, apresentamos um resumo das principais notícias da semana sobre a crise no IBGE, organizadas em ordem decrescente – com os acontecimentos mais recentes no topo.

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O Globo: “Manifesto de profissionais de comunicação do IBGE critica gestão Pochmann”

Profissionais da comunicação do IBGE publicaram um manifesto inédito com mais de 300 assinaturas, criticando a gestão do presidente Márcio Pochmann. O documento aponta que a comunicação do órgão tem sido usada para promover a imagem do presidente em detrimento da divulgação de pesquisas estatísticas essenciais, como os resultados do Censo 2022. Os servidores denunciam sobrecarga de trabalho devido a um fluxo excessivo de conteúdos sobre a agenda do presidente, além da falta de transparência no atendimento à imprensa, acusando Pochmann de evitar coletivas e priorizar interlocutores selecionados. O manifesto também contesta a nomeação de profissionais externos para a área de comunicação, que teriam suprimido o protagonismo dos servidores de carreira.

A crise no IBGE se intensificou após a polêmica criação da Fundação IBGE+, suspensa após protestos dos servidores. Além do manifesto dos comunicadores, mais de 280 servidores de diversas diretorias assinaram uma carta denunciando um viés “autoritário, político e midiático” na atual gestão. A tensão levou à saída de quatro diretoras do instituto e tem como pano de fundo a falta de diálogo da presidência com os servidores. As críticas também se estendem às viagens de Pochmann pelo país, vistas como eventos políticos oportunistas, enquanto a sede do IBGE no Rio de Janeiro segue sem uma agenda relevante para os funcionários.

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O Globo: “Transparência Internacional alerta para risco à credibilidade do IBGE sob gestão Pochmann”

A Transparência Internacional Brasil expressou preocupação com a condução do IBGE por Márcio Pochmann, afirmando que sua gestão pode comprometer a credibilidade da instituição. A ONG defendeu que os servidores resistam à politização e pediu apoio da sociedade e das instituições para preservar a integridade do órgão. O alerta veio no mesmo dia em que 289 chefes de departamento do IBGE divulgaram uma carta criticando Pochmann por usar o cargo para autopromoção e não para fortalecer a missão estatística do instituto. O documento acusa a presidência de transformar os canais de comunicação do IBGE em veículos de propaganda pessoal e de promover viagens estratégicas para estabelecer alianças políticas locais.

Os servidores também denunciaram que Pochmann se cerca de auxiliares externos e evita contato direto com a imprensa, concedendo entrevistas apenas a veículos selecionados sem transparência nos critérios. A carta se soma a outras manifestações públicas contra sua gestão, incluindo o pedido de demissão de quatro diretores que haviam sido nomeados pelo próprio presidente, mas deixaram seus cargos devido a divergências sobre os rumos da instituição. A crise no IBGE segue se agravando em meio a acusações de interferência política e falta de diálogo interno.

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CNN Brasil: “Zarattini defende criação da fundação IBGE+ como alternativa para ampliar recursos”

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) declarou à CNN que a proposta de criar a fundação IBGE+ era uma iniciativa positiva para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pois permitiria captar recursos adicionais, especialmente para projetos de grande custo, como o Censo Agropecuário. Segundo ele, a estrutura atual do IBGE limita sua capacidade de arrecadação, e a fundação poderia melhorar as condições de trabalho e remuneração dos servidores. Zarattini ressaltou que fundações de apoio já existem no Brasil e que não há ilegalidade na proposta.

A criação da IBGE+ gerou forte oposição entre os servidores, que criticaram a falta de transparência no processo. O projeto foi mantido em sigilo por quase um ano antes de ser formalmente anunciado, levantando preocupações sobre seu impacto na independência do instituto. O descontentamento resultou na exoneração de quatro diretores e em uma série de manifestações públicas contra a gestão de Márcio Pochmann. Em meio à crise, o Ministério do Planejamento decidiu suspender temporariamente a fundação, enquanto avalia modelos alternativos para fortalecer o IBGE sem comprometer sua credibilidade.

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UOL: “Alta-tensão do IBGE é prima-irmã do curto-circuito que tisnou o Pix” – Josias de Souza

Sob a presidência de Márcio Pochmann, o IBGE enfrenta uma crise interna sem precedentes, marcada pela suspensão da Fundação IBGE+ e pelo descontentamento de servidores. Embora a decisão do governo de interromper a criação da entidade tenha reduzido a temperatura do conflito, 651 funcionários, incluindo 289 chefes de departamento, assinaram uma carta denunciando o “autoritarismo” do presidente do instituto. O sindicalismo do IBGE, por ora, não exige sua exoneração, mas as acusações de falta de transparência e a insatisfação com sua gestão seguem alimentando a instabilidade no órgão.

Josias de Souza argumenta que a crise no IBGE guarda semelhanças com o recente desgaste do governo envolvendo o Pix, tornando-se um ponto de vulnerabilidade para Lula. Embora os dados produzidos pelo instituto, como os do PIB e da inflação, permaneçam íntegros, a oposição usa o cenário para atacar a administração federal. Para o colunista, caso o Planalto demore a agir, a saída de Pochmann pode se tornar a única alternativa para conter a crise e evitar que a tensão se amplifique nas redes sociais e no debate político.

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Jovem Pan: “Lula decide manter Marcio Pochmann como presidente do IBGE apesar de crise interna”

Apesar da crise no IBGE e das preocupações com a credibilidade da instituição, o presidente Lula decidiu manter Márcio Pochmann no comando do instituto. A suspensão da criação da Fundação IBGE+ não foi suficiente para acalmar os ânimos dos servidores, que seguem insatisfeitos com a gestão. O tema foi discutido em reunião com Lula e os ministros Rui Costa e Simone Tebet, mas a decisão final foi manter Pochmann no cargo, respaldado pelo PT.

O presidente do IBGE continua sendo alvo de críticas internas, especialmente após a divulgação de uma carta assinada por 651 servidores, incluindo 289 chefias, que denunciam um estilo de gestão autoritário. Mesmo diante desse cenário, Lula optou por não atender às pressões por uma substituição, ampliando a tensão dentro do instituto. A crise persiste e mantém o IBGE como foco de atritos dentro do governo.

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Brasil 247: “Gleisi critica ataques ao IBGE e defende gestão de Marcio Pochmann”

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa de Márcio Pochmann diante das críticas feitas por servidores do IBGE e setores da mídia. Em publicação na plataforma X, a deputada classificou como “injustificáveis” as acusações de que o instituto estaria manipulando estatísticas oficiais e afirmou que a campanha contra o presidente do IBGE tem um caráter político. Segundo Gleisi, as mudanças promovidas por Pochmann, como a tentativa de criar a Fundação IBGE+, o retorno ao trabalho presencial e a mudança da sede, geraram resistência interna, mas não comprometem a credibilidade dos dados do órgão.

A manifestação de apoio ocorre em um momento de forte tensão no IBGE, com centenas de servidores assinando uma carta contra Pochmann e a crise ganhando repercussão política. Parte da imprensa vem argumentando que a indicação ao cargo deveria ter sido de Simone Tebet, atual ministra do Planejamento. Para Gleisi, os ataques ao IBGE são movidos por interesses que resistem ao fortalecimento da instituição e não têm fundamento concreto. O debate sobre a gestão do instituto segue em evidência, com o Planalto optando por manter Pochmann no cargo.

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Valor: “Ex-presidentes do IBGE elogiam suspensão de fundação, mas veem medida como insuficiente”

Ex-presidentes do IBGE consideraram acertada a decisão do Ministério do Planejamento de suspender a criação da Fundação IBGE+, mas avaliaram que a medida não resolve os desafios financeiros do instituto. Para eles, a crise interna expôs a necessidade de buscar novas estratégias para garantir recursos adicionais sem comprometer a autonomia do órgão. A proposta da fundação, apesar das críticas, surgiu como uma tentativa de ampliar o financiamento do IBGE, mas foi rejeitada pelos servidores devido à falta de transparência no processo de sua implementação.

A suspensão da IBGE+ foi uma resposta à insatisfação generalizada dentro do instituto, que resultou em protestos e pedidos de exoneração de diretores. No entanto, ex-dirigentes alertam que o problema estrutural do financiamento do IBGE ainda persiste e que o governo precisará encontrar soluções alternativas para fortalecer a instituição. O debate sobre a autonomia e os recursos do órgão segue em aberto, com diferentes visões sobre como garantir sua sustentabilidade financeira sem interferências políticas.

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Poder360: “Entenda o impasse no IBGE entre funcionários e Marcio Pochmann”

A presidência de Márcio Pochmann no IBGE tem sido marcada por atritos com funcionários e o sindicato da categoria, que o acusam de falta de diálogo e autoritarismo. As tensões aumentaram com a criação da Fundação IBGE+, vista por críticos como uma ameaça à autonomia da instituição, ao permitir financiamento privado para pesquisas. A proposta foi suspensa pelo governo, mas protestos contra a gestão continuam, incluindo um ato em que servidores pediram a saída de Pochmann. Além disso, mudanças estruturais, como a transferência da sede do instituto no Rio e o fim do teletrabalho integral, geraram mais resistência interna.

Desde sua chegada ao cargo em 2023, Pochmann viu quatro diretores nomeados por ele pedirem exoneração, ampliando a crise. O sindicato denuncia também tentativas de retaliação, como a exigência de retirada da sigla “IBGE” do nome da entidade e a cobrança de aluguel por espaços cedidos anteriormente. O impasse chegou ao Congresso, onde a senadora Tereza Cristina (PP-MS) propôs um decreto legislativo para barrar a criação do “IBGE paralelo”. A crise persiste, e Pochmann enfrenta crescente pressão política e institucional sobre sua gestão.

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G1: “Crise no IBGE: mais de 600 servidores e diretores estão contra Pochmann”

A crise no IBGE atingiu um nível crítico, com 651 servidores, incluindo 289 chefes de departamento, assinando uma carta aberta contra o presidente do instituto, Márcio Pochmann. O documento acusa sua gestão de autoritarismo e de prejudicar a credibilidade do órgão, que desempenha um papel fundamental na formulação de políticas públicas. A insatisfação já ultrapassou o ambiente sindical e tornou-se um problema institucional e político de grande escala. Além disso, Pochmann intensificou a tensão ao sugerir que as críticas dos servidores são baseadas em mentiras, agravando ainda mais o impasse.

A turbulência na gestão de Pochmann vem desde sua nomeação, em 2023, que gerou atritos dentro do próprio governo, especialmente com a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Servidores questionam suas prioridades e sua condução do instituto, enquanto aliados do governo reconhecem que a escolha de um gestor com histórico de confrontos pode ter sido um erro. A crise levanta preocupações sobre a imagem do IBGE e sua confiabilidade, forçando o Planalto a avaliar como conter os danos sem desestabilizar ainda mais a instituição.

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G1: “Governo suspende atuação da fundação IBGE+, centro da crise contra presidente do instituto”

O governo decidiu suspender temporariamente a atuação da Fundação IBGE+, criada com o objetivo de captar recursos privados para financiar pesquisas e suprir a falta de verba pública no IBGE. A medida vem em meio à forte resistência interna, com servidores alertando que a iniciativa poderia comprometer a autonomia e a credibilidade do instituto. Em nota, o Ministério do Planejamento e o IBGE afirmaram que estão estudando modelos alternativos que possam exigir alterações legislativas, em diálogo com o Congresso Nacional.

A crise no IBGE se intensificou com a oposição aberta de 651 servidores, incluindo 289 chefes de departamento, que acusam a gestão de Márcio Pochmann de autoritarismo e viés político. O descontentamento já ultrapassa a esfera sindical e se tornou um problema institucional e político relevante para o governo. Críticos dentro do próprio Planalto reconhecem que a nomeação de Pochmann pode ter sido um erro e que sua condução tem gerado desgaste para a imagem do IBGE. A gestão segue sob forte pressão, com um impasse ainda longe de ser resolvido.

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Ibict: “Ibict e IBGE discutem colaboração em projeto de acessibilidade a dados e formação digital”

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizaram uma reunião para discutir possíveis colaborações em projetos voltados à acessibilidade de dados e à formação digital. O encontro, realizado em 22 de janeiro de 2025, teve como foco a apresentação das iniciativas do Ibict e a busca por parcerias para ampliar o acesso da população às informações produzidas pelo IBGE. Entre as propostas discutidas, destaca-se a criação de uma plataforma digital para disponibilizar dados do instituto de forma mais acessível e a implementação de um sistema de formação digital voltado para escolas.

Uma das iniciativas já em andamento é um projeto conduzido em parceria com o PNUD, cujo objetivo é desenvolver um sistema de formação que facilite a utilização dos dados do IBGE pela sociedade. Durante a reunião, os representantes das instituições destacaram a importância da colaboração para fortalecer a inclusão digital e aprimorar o uso das informações públicas para apoiar a tomada de decisões informadas. A parceria entre Ibict e IBGE reflete o compromisso de ambas as instituições em promover soluções tecnológicas que ampliem o impacto social dos dados estatísticos.

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Agência Gov: “Sudene e IBGE anunciam o Nordeste em Números, com dados detalhados da região”

O IBGE e a Sudene anunciaram o lançamento da publicação Nordeste em Números, um levantamento detalhado sobre a realidade econômica, social e ambiental da região. O documento, que segue o modelo do tradicional Brasil em Números, visa fornecer uma base de dados confiável para subsidiar políticas públicas e apoiar empreendedores e pesquisadores interessados no desenvolvimento do Nordeste. O anúncio foi feito em Recife, no Instituto Ricardo Brennand, reforçando o papel da Sudene na formulação de estratégias para o crescimento da região.

O levantamento contará com a participação de equipes técnicas do IBGE, da Sudene e do Banco do Nordeste, apresentando indicadores como PIB regional, Valor da Produção Agrícola Municipal e outros dados estratégicos. Segundo o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, a publicação destaca a importância da regionalização das informações para enfrentar desigualdades e acompanhar mudanças geoeconômicas no Brasil. O lançamento está previsto para este ano e pretende oferecer um instrumento robusto para a gestão pública e a atração de investimentos para a região.

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Gazeta do Povo: “Oposição pede afastamento de presidente do IBGE por ‘gestão temerária’”

O senador Rogério Marinho (PL-RN) solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) o afastamento cautelar de Márcio Pochmann da presidência do IBGE, alegando “gestão temerária” e falta de capacidade para dialogar com servidores. O pedido enfatiza possíveis irregularidades na criação da Fundação IBGE+, iniciativa de direito privado que teria sido conduzida sem consulta prévia e sem autorização legislativa. Para Marinho, o conflito entre Pochmann e os funcionários pode comprometer a credibilidade das pesquisas do instituto, incluindo os dados do IPCA, principal índice de inflação do país.

Enquanto a oposição pressiona pelo afastamento de Pochmann, setores ligados ao governo e movimentos sociais, como o MST e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, manifestaram apoio ao presidente do IBGE, classificando as críticas como oportunistas e motivadas por interesses corporativos. O sindicato dos servidores, por sua vez, reafirmou a gravidade da crise, criticando medidas como a transferência de diretorias para um local de difícil acesso no Rio de Janeiro. A presidência do IBGE negou as acusações de decisões arbitrárias e afirmou que as mudanças fazem parte de um compromisso com a modernização da instituição.

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O Globo: “Crise no IBGE: Servidores da Ence fazem carta contra comunicados da presidência do instituto”

A crise no IBGE se aprofundou com a publicação de uma carta assinada por servidores da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), criticando a gestão de Márcio Pochmann e as acusações feitas pela presidência do instituto. O documento denuncia os comunicados oficiais que apontam supostas irregularidades na atuação de professores e pesquisadores, classificando as alegações como um ataque leviano à integridade dos servidores e uma tentativa de desviar o foco da polêmica criação da Fundação IBGE+. Além disso, os funcionários da Ence afirmam que os comunicados representam uma retaliação contra o sindicato dos trabalhadores do IBGE, que tem sido um dos principais opositores da gestão atual.

O clima de insatisfação se intensificou ainda mais com novas críticas feitas por dois gerentes do IBGE, que denunciaram o uso político de publicações institucionais. Eles contestam a inclusão de um prefácio assinado pela governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, no periódico Brasil em Números 2024, argumentando que o conteúdo fere a imparcialidade do instituto e pode ser interpretado como propaganda política. Enquanto isso, Pochmann segue em uma série de viagens pelo país para divulgar seu plano de trabalho, sem interlocução com os servidores, o que reforça as queixas sobre falta de diálogo e transparência na gestão.

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CNN Brasil: “Crise do IBGE é própria de país que perdeu o rumo, diz ex-presidente”

O ex-presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro (2016-2017), afirmou à CNN que a crise enfrentada pelo instituto reflete a falta de direção do país. Para ele, o problema tem raízes na escassez de recursos e na falta de prioridade dada à produção de estatísticas pelo governo federal. Rabello criticou a ausência de um marco regulatório para a estatística e a informação no Brasil e defendeu que o tema seja tratado no Congresso Nacional. Ele também apontou um “desinteresse” do governo em relação à governança de dados e questionou a falta de uma ação mais firme do Ministério do Planejamento, liderado por Simone Tebet.

A crise no IBGE tem se intensificado com a oposição dos servidores à criação da Fundação IBGE+, uma entidade privada que, segundo críticos, pode comprometer a independência do instituto. Desde o anúncio da fundação, pedidos de exoneração e cartas abertas denunciaram a gestão de Márcio Pochmann como autoritária e politizada. O impasse levou à suspensão da IBGE+, mas não acalmou os ânimos internos, com funcionários pedindo um reposicionamento institucional que garanta a autonomia e a confiabilidade das estatísticas nacionais.

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