A General Motors (GM) e sua subsidiária OnStar concordaram em interromper a venda de dados de geolocalização e informações comportamentais de motoristas por um período de cinco anos. A decisão foi anunciada pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), que identificou que a montadora norte-americana compartilhava informações detalhadas de milhões de veículos sem o consentimento dos consumidores.
Segundo a FTC, os dados incluíam informações como frenagens bruscas, direção noturna e excesso de velocidade. Essas informações eram vendidas a agências que criavam relatórios para seguradoras, resultando em aumentos nas taxas de seguro ou até mesmo na recusa de cobertura para alguns motoristas. A prática gerou controvérsias devido à falta de transparência e ao impacto financeiro sobre os consumidores.
A GM informou que encerrou o programa Smart Driver em 2024. Criado para analisar hábitos de direção e oferecer feedback aos motoristas, o programa passou a ser criticado pela forma como as informações coletadas eram utilizadas. Em nota, a montadora afirmou que está comprometida em garantir maior clareza e acessibilidade em suas políticas, permitindo que os consumidores tenham controle sobre os dados compartilhados.
Como parte do acordo, a GM deverá obter consentimento explícito dos motoristas antes de coletar informações e oferecer a opção de excluir ou limitar os dados já disponíveis. A decisão ocorre em um contexto de crescente fiscalização da FTC sobre o uso de dados, reforçando a necessidade de maior transparência nas práticas das grandes corporações antes da posse do presidente eleito Donald Trump.