Foi apresentada nesta terça-feira (10) a primeira etapa do Atlas de Remanescentes de Vegetação Nativa de Goiás, um projeto conduzido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O estudo busca mapear a vegetação nativa de Goiás em uma ampla escala, dividindo o trabalho em seis etapas com entregas trimestrais.
A primeira etapa, que abrange as bacias do Meia Ponte e dos Bois, já está concluída e disponível. As próximas fases incluirão o mapeamento das bacias do Médio Tocantins e Paranã, Alto Araguaia e Rio Vermelho, Paranaíba, Médio Araguaia e, por último, Almas, São Francisco e Corumbá.
O gerente de Geoprocessamento da Semad, Murilo Cardoso, explicou que o mapeamento utiliza imagens de satélite com resolução de dois metros, permitindo maior detalhamento dos dados em comparação com levantamentos anteriores. Esses dados serão utilizados para análises de licenciamento ambiental e formulação de políticas ambientais.
O Atlas também reúne informações sobre reservas legais e Áreas de Preservação Permanente (APPs), apoiando programas de recuperação ambiental e ações relacionadas ao Pagamento por Serviço Ambiental (PSA), que promove a preservação de áreas nativas por proprietários rurais mediante remuneração.
De acordo com Murilo, o mapeamento contribuirá para o planejamento de medidas voltadas ao sequestro de carbono e ao uso planejado dos recursos naturais. O documento visa fornecer uma base técnica para decisões públicas e privadas relacionadas à vegetação nativa do Cerrado.
Os dados do Atlas estarão disponíveis no Sistema de Informações Geográficas Ambientais (Siga GO), garantindo acesso a informações para cidadãos, pesquisadores e gestores públicos.
Com informações do Semad e CBN