O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou uma versão modernizada do Banco de Bens Culturais Procurados (BCP), sistema que auxilia na localização de peças do patrimônio histórico brasileiro que foram furtadas ou extraviadas. A nova plataforma promete maior precisão na busca por objetos desaparecidos, incluindo esculturas, pinturas e arte sacra, como os itens recentemente recuperados da Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, no Rio de Janeiro.
Criado em 1998, o BCP é a principal ferramenta do país para monitoramento e identificação de bens desaparecidos. Com a atualização, o sistema agora conta com um acervo de quase 2.000 itens cadastrados e permite um refinamento detalhado nas buscas. Colecionadores, antiquários e leiloeiros têm a responsabilidade de verificar a procedência das peças antes de comercializá-las, uma exigência reforçada após apreensões em antiquários de peças históricas sem procedência comprovada, como ocorreu com objetos da Ordem Terceira do Carmo.
O novo sistema também possibilita um controle mais rigoroso sobre registros e perícias, garantindo que a recuperação dos bens ocorra com base em dados sólidos. De acordo com Cláudio André de Castro, provedor da Igreja dos Mercadores, peças furtadas de templos históricos continuam aparecendo em leilões e antiquários, muitas vezes adulteradas para dificultar a identificação. A modernização do BCP reforça a luta contra esse tipo de crime e fortalece a preservação do patrimônio cultural brasileiro.
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