Após as fortes chuvas da semana passada, em Belo Horizonte, o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil, disse que pretende realizar um mapeamento em todas as áreas de risco geológico na cidade. Kalil anunciou a medida durante reunião com seu secretariado no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH). Com isso, ele pretende diminuir os danos causados pelas tempestades, até o final do ano.
Mas, geólogos ouvidos pelo jornal O Tempo, de Belo Horizonte, dizem que as informações já existem e estão disponíveis: “Esse levantamento já existe e foi feito pelas administrações municipais anteriores. É evidente que ele deveria ser reatualizado anualmente, no período de seca, à luz do que aconteceu no período chuvoso anterior”, explica o geólogo Allaoua Saadi, professor do Instituto de Geociência da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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Já Eduardo Marques, professor da Universidade Federal de Viçosa, afirma que a própria Prefeitura de Belo Horizonte já faz esse monitoramento das áreas de risco, mas que ele deve ser atualizado toda hora. “Inclusive, estamos com um projeto com a Urbel [Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte] para criar índices de alerta e atenção”, afirma o geólogo.
Alertas de risco geológico alto são disparados quando o solo está encharcado e há grande probabilidade de deslizamentos de terra, caso as chuvas continuem. O risco é maior em áreas de encostas e pouca estrutura.